Um Ato Solene realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta terça-feira (19), homenageou diversos agentes de segurança com a outorga de medalhas pelos serviços prestados à sociedade. Solicitado pelo deputado Capitão Telhada (PP), o evento contou com a parceria da Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz (Abfip), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

"Eu costumo dizer que Segurança Pública é o alicerce da democracia. Sem uma cidade ou um estado seguro, nós não conseguimos sair de casa para trabalhar, estudar, enfim, cumprir as tarefas do dia a dia. Então, o agente de segurança pública é um pacificador", afirmou Telhada. "O policial é um dos maiores agentes da democracia porque é ele quem garante o direito de ir e vir das pessoas, a sua liberdade e integridade física", acrescentou.

Batalhão de Suez

O presidente da Abfip, Walter Mello de Vargas, foi um dos responsáveis pelas homenagens na Alesp. Ele próprio é um veterano do chamado Batalhão de Suez, a primeira Missão de Paz organizada pela ONU com participação do Brasil. De 1957 a 1967, um conjunto de seis mil militares brasileiros - divididos em 20 contingentes - foi ao Oriente Médio com o objetivo de atuar na mediação do conflito entre Israel e o Egito, conhecido historicamente como a Guerra dos Seis Dias. Ao todo, o Brasil já participou de 50 missões sob a coordenação das Nações Unidas.

"Estamos em um momento muito especial. O Brasil tem um nome a zelar no sentido de ser um país neutro, tanto é que todas as Forças de Paz organizadas pela ONU nos cinco continentes sempre contaram com a participação brasileira, inclusive no comando. O Haiti é um exemplo recente disso", lembrou Vargas. "As pessoas que estão aqui estão sendo homenageadas porque fazem a diferença e mantêm a ordem em São Paulo e no Brasil. A cada medalha que outorgamos, estamos também contando a história de vários heróis do passado. Por isso, nada mais justo que reconhecermos os heróis do presente, em sua maioria anônimos", comentou o presidente da Abfip.

Reconhecimento

O advogado João Borro ressaltou o valor de dar visibilidade a quem faz a diferença na vida das pessoas, mas que muitas vezes segue anônimo.

"O Brasil é carente de reconhecimento e ele precisa valorizar pessoas que, pelo seu trabalho, têm uma importância muito grande para a população", disse. "Nós temos, internacionalmente, ações das Forças Brasileiras que são muito reconhecidas. São ações valorizadas no Exterior, mas que aqui nem se tem notícia. Então, esse tipo de evento resgata essas iniciativas e as pessoas que merecem esse reconhecimento", afirmou Borro.