Novembro Azul: câncer de próstata representa 29% dos diagnósticos da doença em homens

Estado de São Paulo ocupa a 22ª posição no ranking entre casos de câncer de próstata por 100 mil habitantes
05/11/2021 14:15 | Homenagem | Gerson Nichollas - Foto: Pixabay

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O movimento Novembro Azul é conhecido como o mês mundial de combate ao câncer de próstata. Considerado uma doença da terceira idade, por ser mais recorrente em homens de 55 anos ou mais, este câncer ocorre no órgão localizado na parte baixa do abdômen, em frente ao reto, responsável pela produção de parte do sêmen.

No Brasil, sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões do país, representando 29% dos diagnósticos da doença em relação à população masculina, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

No entanto, muitos homens não fazem os exames preventivos, o que atrasa o diagnóstico e agrava o quadro, conforme aponta a Sociedade Brasileira de Urologia. Dito isso, o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento do câncer de próstata, já que a doença dificilmente apresenta sintomas perceptíveis nos primeiros estágios.

De acordo com dados do Inca, no Estado de São Paulo, o percentual de diagnósticos no estágio 1 - fase mais leve da doença - é de 13,4%, este número é menor do que a média nacional (15,3%). Os diagnósticos em estágios mais avançados (estágio 2 e 4) também são menores em São Paulo (31%) comparado ao Brasil (36,2%).

Outro dado que mostra essa concentração de diagnósticos em estágios mais avançados é o crescimento, nos últimos anos (de 2009 a 2018), de 44,4% no número de hospitalizações por câncer de próstata no SUS, com uma média de mais de 7 mil internações por ano. Semelhante ao perfil nacional, no Estado de São Paulo, 93,6% das internações ocorrem entre adultos e idosos de 55 anos ou mais.

Por outro lado, quando nos referimos às taxas de incidência a cada 100 mil homens, São Paulo fica na 22° colocação com 45,69 casos, distante dos 122,5 casos de Sergipe, que ocupa a primeira posição.



Fatores de risco

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 60% das mortes pela doença se concentram em idosos de mais de 75 anos. Já homens de 55 a 74 anos representam 38% dos óbitos. Dessa maneira, 98% das mortes causadas pelo câncer de próstata no Brasil ocorrem em homens com mais de 55 anos. Porém, existem outros fatores de risco, como histórico familiar, alterações genéticas, obesidade e sedentarismo.

Além disso, a Sociedade Brasileira de Urologia faz um alerta aos homens negros, já que eles são mais propensos a desenvolver o tumor, o que é enfatizado por estudos internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a incidência e mortalidade por câncer de próstata em homens negros dobram em comparação com os índices em homens brancos, de acordo com uma pesquisa da American Cancer Society.

Atualmente, a dosagem de PSA (proteína que pode indicar a existência da doença) no sangue e o toque retal são os exames mais comuns para o diagnóstico do câncer de próstata. Porém, ambos não possuem 100% de precisão, sendo necessário a realização de testes complementares para a detecção do estágio da doença.

Alesp

O deputado Rafael Silva (PSB) ressaltou a importância do diagnóstico. "A saúde é o bem maior que temos. Exames preventivos e periódicos são extremamente importantes, porque possibilitam uma vida com qualidade e uma chance muito maior de cura. Detectados em fase inicial, um homem com câncer de próstata tem 90% de cura, porém infelizmente os brasileiros não costumam fazer o acompanhamento preventivo", disse.

O vice-presidente da Comissão de Saúde da Alesp, deputado Alex de Madureira (PSD), destacou a importância do Novembro Azul. "O mês de novembro é fundamental para alertarmos a população sobre os riscos do câncer de próstata e a importância dos exames preventivos. Por isso, o Novembro Azul tem uma importância muito grande para todos os homens, trazendo a conscientização para que todos façam exames regulares e assim possam ter o tratamento o mais breve possível", afirmou.


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