Em sua 28ª reunião, nesta quinta-feira, 19/2, a CPI instaurada para investigar as denúncias de violações aos direitos humanos nas universidades deveria ouvir o depoimento de seis alunos e ex-alunos da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Porém, como ressaltou seu presidente, deputado Adriano Diogo (PT), "por mais uma vez esses alunos se negam a depor, o que é uma afronta à CPI". Mas, devido às diversas ausências dos convocados, na reunião da próxima terça-feira, 24/2, deverão ser aprovadas medidas legais cabíveis para sua condução coercitiva à CPI, disse, com concordância do deputado Marco Aurélio de Souza (PT). Segundo o advogado do Show Medicina, João Daniel Rassi, que representa os convocados ausentes Flávio Augusto Miorin, Rodrigo Bolini, Diego Ubrig Munhoz, Gabriel Fernandes Ribeiro, Willian Tetsuo Yamagata e Murilo Germano Sales da Silva, a defesa considera necessário ter acesso prévio dos documentos produzidos pela CPI. Rassi disse ainda que há dois outros alunos - Bruno Lepre de Souza e Marcos Vinícius Horiuchi - dispostos a depor voluntariamente. O presidente Adriano Diogo informou que a Procuradoria da Assembleia Legislativa colocou à disposição os documentos requisitados desde o último dia 12/2, portanto não há quaisquer obstáculos para a defesa que, "através de diversos expedientes protelatórios, colabora para a negação sistemática de obviedades". Diogo pediu que os depoentes voluntários já citados, mais a também aluna da FMUSP Maria Renata Mencacci Costa, formalizem por escrito os motivos que os levam a querer falar na CPI, para aprovação na reunião do dia 24/2 de suas oitivas sob juramento. Porta arrombada Trecho da sindicância instaurada pela FMUSP sobre o arrombamento da porta do Serviço de Verificação de Óbitos pelo aluno Leonardo Turra foi lida pelo presidente Adriano Diogo. O processo administrativo sugeriu a aplicação de pena de um mês de suspensão ao acusado. Também foi lido trecho da sindicância instaurada sobre avarias causadas por alunos do Show Medicina, em 30/8/2013, por conta da utilização indevida de extintores de incêndio no anfiteatro da faculdade, com envio de fotos de equipamentos sujos de pó químico. As instalações foram limpas pelos estudantes, e os equipamentos por técnicos.