Policiais civis são prestigiados em cerimônia na Assembleia Legislativa

Comparecimento maciço incentivou reivindicações
29/09/2015 20:09 | Keiko Bailone - Foto: Vera Massaro

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Chahin, Alexandre de Moraes, Itamar, Capez, Olim e Marilda Pinheiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2015/fg176379.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

 


Centenas de policiais civis lotaram o plenário Juscelino Kubitschek nesta segunda-feira, 28/9, para comemorar o Dia do Policial Civil. A solenidade contou com a presença do secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes; do delegado-geral de polícia, Youssef Abou Chahin; dos deputados estaduais Itamar Borges (PMDB), Delegado Olim (PP) e Maria Lúcia Amary (PSDB); e os federais Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) e Fausto Pinato (PRB/SP).

Na abertura da solenidade, o presidente da Assembleia, Fernando Capez, observou que os integrantes da Polícia Civil paulista formam a "melhor polícia judiciária do país, para investigar e realizar o trabalho de inteligência, instruir o inquérito e dar início à ação penal". Na continuidade, Itamar Borges, proponente da sessão solene, referiu-se à redução dos índices de criminalidade no Estado e informou que havia assinado, naquele mesmo dia 28, na Academia de Polícia, projeto de lei do governo que cria a diária especial para jornada extraordinária, ou seja, permite o "bico" para o policial civil. Esse PL foi protocolado nesta terça-feira, 29/9, para análise da Assembleia Legislativa.



"Ciclo completo"

Ao se dirigir aos colegas, o Delegado Olim, destacou que os policiais civis, "tão qualificados e dedicados, não têm o devido reconhecimento por parte do Estado, pois recebem um dos mais baixos salários da federação". Lembrou que os policiais civis somam mais de 35 mil profissionais e que recebeu mais de 200 mil votos que não podem ser "malogrados". Conclamou a classe a apoiar a PEC 7/2015, de sua autoria, que prevê eleição de lista tríplice entre os delegados de carreira para que, entre esses, seja nomeado o delegado-geral de polícia.

Olim criticou também o chamado "ciclo completo", no que foi endossado pelo deputado federal Arnaldo Faria de Sá. Para os defensores do ciclo completo, caberia à Polícia Militar, além de realizar patrulhamento ostensivo, investigar, prender e mandar recolher ao presídio os criminosos. Hoje, a Polícia Militar, ao se deparar com um ilícito penal, traz os fatos até a delegacia, conduz os envolvidos e coleta provas no local. Na delegacia, o material é analisado pelo delegado de polícia, que após análise das provas e oitiva dos envolvidos decide sobre o fato que foi narrado pelos policiais e pelas testemunhas.

Youssef Abou Chahin evitou polemizar sobre esse assunto, mas disse que seria "um equívoco misturar as funções institucionais de cada polícia", referindo-se às especulações da união das polícias civil e militar. "Mas aceito uma nova fórmula, desde que essa seja para um país de primeiro mundo". O delegado-geral de Polícia criticou também o "pedágio de cinco anos", mantido só para os integrantes da Polícia Civil " segundo as regras da aposentadoria atual, se não cumprirem esse prazo, não conseguem aposentar-se com os salários atualizados.

O secretário Alexandre de Moraes foi o último a discursar para os mais de 500 participantes da cerimônia. Anunciou o aumento do efetivo da corporação " mais 129 delegados, 780 escrivães e 1300 investigadores " e de infraestrutura " 600 viaturas, fuzis e até helicóptero. Em resposta à questão do pedágio, adiantou que esse problema já foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado. E, ao fim, informou que a Corregedoria da Polícia Civil, afeta até então à secretaria de Segurança Pública, retornaria aos quadros da Delegacia Geral de Polícia.

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