Audiência Pública defende a permanência do cobrador de ônibus


09/08/2017 19:55 | Da Redação - Fotos: Raphael Montanaro

Compartilhar:

Mesa e público da audiência pública<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206354.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa e público da audiência pública<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206356.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Teonilio Barba coordenou a audiência pública<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206353.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Teonilio Barba<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206352.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar Contra o Desmonte da Previdência Pública e em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora realizou na última terça-feira (8/8) audiência pública com representantes sindicais das categorias de motoristas e cobradores de ônibus. Coordenada pelo deputado Teonilio Barba (PT), a reunião teve como objetivo protestar contra o fim da função dos cobradores nos ônibus municipais.

No dia 9/6 o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) considerou inconstitucional uma lei de novembro de 2001, que tornava obrigatória a figura do cobrador no transporte público da capital. Neste ano, o prefeito João Doria afirmou que pretende retirá-los do ônibus até o fim do mandato, em 2020.

O deputado Teonilio Barba disse que a luta é a favor dos direitos dos servidores: "a classe trabalhadora sofre ataques desde a década de 1990, com privatizações e precarização das formas de trabalho". O parlamentar argumentou ainda que a medida do prefeito sobrecarrega os motoristas, que deverão cobrar e auxiliar os passageiros enquanto dirigem.

Com apenas 6% de usuários que pagam a tarifa em dinheiro, o projeto de Doria é realocar os profissionais em outras funções para diminuir custos. Cobradores e motoristas presentes no evento afirmaram que a realocação não está sendo feita. De acordo com a SPTrans, o gasto com esses funcionários é de R$ 900 milhões e a medida será implantada gradualmente nos próximos anos. São Paulo tem mais de 19 mil cobradores e o piso salarial da categoria é em torno de R$ 1,5 mil mais benefícios.

O presidente do Sindicato dos Motoristas de São Paulo, Marco Antônio Coutinho, ressaltou que o uso da tecnologia no transporte deve ser analisado com cautela, pois, segundo ele, nem tudo pode ser substituído por aparelhos eletrônicos. O deputado Ramalho da Construção (PSDB) apoiou o evento. "Dirigir ônibus enquanto auxilia pessoas com deficiência é o mesmo que dirigir falando no celular, o que, aliás, é crime. A função do cobrador é muito mais que cobrar, é prestar assistência ao passageiro", afirmou.

Estiveram presentes os deputados Gileno Gomes (PSL), Marcia Lia (PT) e Campos Machado (PTB).

alesp