Governador garante que não haverá redução no número de bolsas para médicos residentes


16/11/2006 17:48

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Lideranças dos médicos residentes em reunião com o governador Cláudio Lembo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/PalacioDepFausto033-mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O governo de São Paulo não reduzirá o número de bolsas para os médicos residentes, mesmo se o Congresso Nacional aumentar o valor pago para os bolsistas. A garantia foi dada pelo próprio governador Cláudio Lembo (PFL) em audiência ocorrida nesta quinta-feira, 16/11, no Palácio dos Bandeirantes, com lideranças dos médicos residentes. A categoria está em greve desde 8/11 por aumento no valor da bolsa de estudo e pela não-redução do número de bolsistas.

A audiência foi solicitada pelo 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado Fausto Figueira (PT), a pedido dos médicos residentes. Atualmente existem 4.500 vagas ocupadas por residentes nos hospitais do Estado. Em São Paulo, eles pedem 53,7% de aumento no valor atual da bolsa, de R$ 1.470,00 para jornada de 60 horas de trabalho semanal. O atendimento à reivindicação da categoria depende de aprovação de projeto de lei que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

Logo após receber os residentes, o governador Cláudio Lembo disse, em entrevista coletiva, que o Estado atenderia uma das duas principais reivindicações do movimento. "Os residentes trouxeram dois problemas. O financeiro depende de projeto de lei a ser votado em Brasília. Quanto ao número de bolsas, garanto que o número atual não será reduzido", assegurou Lembo.

O governador também garantiu que o Estado chamará todos os estudantes de medicina que foram aprovados nos concursos para a residência médica. "Esta é outra garantia de nossa alçada que está sendo dada agora. Nesta parte, também está tudo certo", acrescentou o governador, ao lado dos secretários da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e da Casa Civil, Rubens Lara.

Para Figueira, "a postura do governador em receber a comissão e todos os demais médicos residentes que foram ao Palácio dos Bandeirantes é louvável do ponto de vista democrático". Ele frisou como importante o gesto do governador em assegurar que o número de bolsas não será reduzido, mesmo que haja aumento no valor da bolsa. "Os médicos residentes receavam a possibilidade de cortes com a aprovação do projeto lei que elevará o valor da bolsa".

Figueira destacou ainda, como "extremamente positiva", a recepção proporcionada aos residentes pelo governador, que levou para o encontro dois secretários de Estado " o secretário da Saúde, o secretário da Casa Civil " e o presidente da Comissão de Saúde e Higiene do Legislativo paulista, deputado Waldir Agnello.

A presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo (Ameresp), Helena Petta, disse que foi "uma vitória do movimento a recepção positiva por parte do governador. Foi importante saber da garantia de que não haverá cortes no número de bolsas", afirmou. Helena torce para que a Câmara dos Deputados vote o mais rápido possível o projeto que trata do valor das bolsas dos residentes.

Participaram também da audiência os médicos residentes Igor de Castro, Jason Teixeira da Silva Neto e Marcelo Barros, do Hospital do Servidor Público do Estado, Adriano Massuda e Francisco Mogadouro, diretores da Ameresp, e Juliana Guid, da Unicamp. Pela Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa compareceu também o deputado Luis Carlos Gondim (PPS).

Assembléia geral dos médicos residentes estava prevista para as 18 horas desta quinta-feira, 16/11, na sede do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), na Vila Mariana, capital. Na pauta, estava a possibilidade de aprovar o fim da greve devido ao compromisso do governador do Estado e à proximidade da votação do projeto sobre o valor da bolsa.

ffigeira@al.sp.gov.br

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