Flutuam em direção ao silêncio galáctico as criações abstratas de Helio Bastos

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
30/03/2007 17:51

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Helio Bastos Junior<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Helio Bastos.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Azul composto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Helio Bastos Obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Através da abstração, a arte não é esvaziada de seu conteúdo" " escreveu Michel Senphor, grande historiador de arte. "Ela revela, ao contrário, seu verdadeiro conteúdo. Portanto, a arte abstrata não é anti natural, ela é de uma outra natureza".

As criações de Helio Bastos flutuam em direção a silêncios galácticos ou a horizontes ilimitados, onde o azul da base explode longe da terra milhões de anos-luz. O artista atua, com o melhor de si, numa obra de reedificação moral, que propõe a cada vez um novo "renascer da arte", numa antecipação apocalíptica que nos coloca em estado de alerta, dando lugar ao puro discernimento, do sadio, do belo e do virtuoso.

Em uma explosão cromática infinita e indefinível, dentro de uma estrutura geométrica, seu pincel distende a matéria renovando-a a cada quadro. Dentro de um módulo e de um núcleo central, o artista retira uma nova linfa, que lhe possibilita criar novas e diferentes obras, cada qual com sua originalidade. Suas obras nos transmitem a sua alegria interior.

Helio Bastos justapõe simples elementos cromáticos que dão origem a uma vibração continuadamente diferente que corresponde a um sentimento de excitação tanto sensorial quanto psicológica. São projeções de matérias inexistentes como hipóteses de um mundo ainda totalmente a construir, por intermédio de uma pincelada límpida e simples tanto de cores quanto de forma, que resultam num discurso livre, aberto e condicionado somente pelo sentimento.

Na obra "Azul composto", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, sua pintura nasce dentro de si, como fermentação natural de seu espírito, de seu sentir, de seu sentimento poético, e seu lirismo se torna festivo como um hino à vida, se torna fé, porque eterniza a beleza da luz num cântico evocativo.

O artista

Helio Bastos Junior nasceu em São Paulo, em 1953. Autodidata iniciou seus estudos em pintura e desenho na adolescência, colocando inicialmente na tela suas impressões sobre os casarios coloniais mineiros e baianos. Após esse período de óleo sobre tela, adotou o lápis e o papel como protagonistas de sua expressão artística. Em 1985, o artista resolveu romper com as formas rígidas do abstracionismo geométrico, recebendo influência da arte oriental. Despojado e afastado da austeridade do período construtivista, recicla suas experiências em técnicas como, pastel, lápis de cor e o guache.

Freqüentou cursos com o mestre Okinawa, na Associação Cultural Brasil Japão (1990), e com o artista Dudi Maia Rosa, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2002). Foi catalogado no Anuário de Artes de Júlio Louzada (1991).

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: "Desenho Jovem", Museu de Arte Contemporânea (1981); Museu de Arte de São Paulo (1982); Original's Galeria de Arte; Espaço Cultural Spazzio Pirandello; Fundação Banco de Boston (1983); Grupo Westinghouse do Brasil S/A, SP (1985); Ânima Galeria de Arte; Associação Comercial de São Paulo; Câmara Municipal de São Paulo (1989); V Salão de Aquarela e Artes Plásticas, Núcleo de Arte e Cultura Nova Era; Projeto Art's Musik e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Teatro Cacilda Becker; Assembléia Legislativa de São Paulo (1990); Rotary Club Higienópolis; Projeto Art's Musik, Crowne Plaza; Projeto Art's Musik, Secretaria Municipal de Cultura de Santo André; Sociarte, Clube Atlético Monte Líbano (1991 e 1995); Espaço Cultural Cavaco's (1992); Projeto Music Center, União Cultural Brasil Estados Unidos (1992 e 1993); Portal Galeria de Arte; Finarte Galeria (1993); Centro Empresarial de São Paulo; Museu Telesp (1995 e 1996); Vellosa, Escritório de Arte; Novotel Morumbi; Avon Cosméticos (1995); Clube Círculo Militar de São Paulo (1996); Associação dos Funcionários da Cosesp; Ipê Clube (1997 e 2000); Espaço Cultural, Singulis Vitae (1997); "Espaço Imagem" (1998); ACM (1999); Espaço Cultural Infraero (2001) Sofitel, Accor Hotels (2003).

Recebeu diversas premiações e possui obras em acervos particulares, e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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