Foi realizada nesta terça-feira, 15/12, audiência pública para debater as condições de trabalho dos caminhoneiros, por solicitação da Federação Nacional das Associações e Cooperativas de Caminhoneiros e Transportes (Fenacat) à Assembleia Legislativa, por intermédio dos deputados Olimpio Gomes (PDT) e Orlando Morando (PSDB). O auditório Franco Montoro contou com a presença de um público interessado em melhorias no setor, além de representantes da área. O objetivo dessa audiência foi, segundo os parlamentares, apresentar para as autoridades a importância e a seriedade do trabalho das associações e cooperativas de caminhoneiros neste ato que representa a luta pelos interesses e pela sobrevivência dos caminhoneiros e de transportes. Amanda Sanzi, representante de marketing da Fenacat, convidou Olimpio Gomes, o presidente da Fenacat, Luis Carlos Neves, o diretor da União Nacional Dos Caminhoneiros, Marcelo Sousa, a representante do Jurídico da Fenacat, Virginia Laira, e Orlando Morando para compor a mesa dos trabalhos. Olimpio Gomes disse que temos que melhorar a qualidade de trabalho dos caminhoneiros. Hoje representam em torno de um milhão e meio de trabalhadores que tentam pagar os seguros altíssimos, enfrentam estradas precárias e problemas com a segurança de cargas, comentou Gomes. Neves comentou as reclamações feitas pelos caminhoneiros ao Ministério Público e aos órgãos responsáveis. "Esses trabalhadores vivem diariamente nessas perigosas estradas e sofrem com roubos, acidentes, desvalorização do frete, péssimas condições das estradas e altos custos do pedágio. Hoje um seguro para caminhão chega a custar quase R$ 35 mil, é um absurso", lembrou Neves. Sousa discursou também sobre os sérios problemas que enfrentam os caminhoneiros. "Estamos recebendo reclamações de caminhoneiros por causa dos seguros. É mais fácil comprar o caminhão do que fazer o seguro. Muitos caminhoneiros chegam a vender suas casas para comprar um caminhão e sobreviverem nesse ramo". Morando falou da falta de segurança e dos altos preços dos fretes. Segundo o deputado, as seguradoras fazem os custos dos pedágios refletirem no preço do frete, o que prejudica o consumidor, uma vez que o alimento chega mais caro na mesa das famílias. Temos que dar ciência desses problemas ao Ministério Público, declarou o parlamentar.