Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Antônio C. Moraes e Iwao Nakajima


02/12/2011 12:53

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Araras da Amazônia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2011/ANTONIOMORAESARARASDAAMAZONIAx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Monumento às Bandeiras<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2011/IWAOMonumento.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paraíso<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2011/IWAOParaiso.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Antônio C. Moraes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2011/ANTONIOMORAESx.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Iwao Nakajima<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2011/IWAOFOTO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Espaço Cultural Candido Portinari, no mezanino do Hall Monumental, hospeda a partir da próxima segunda feira, 5/12 e até 22/12, a exposição Embu das Artes na Visão dos seus Artistas, reunindo obras de Ana Pinho, Dvanni, Gondim, Jaime Mendosa, João Amadio, Josefina Asteca, Leônidas, Lindarea, Luzia Caetano, Macrina, Monica Alvarenga, Nair Opromolla, Olavo Camps, Paulo Rony Baroncelli, Raquel Trindade, There Oliveira Weiers , Waldemar e uma homenagem in memoriam aos pintores Antônio C. Moraes e Iwao Nakajima.

A mostra organizada pela Superintendência do Patrimônio Cultural, a coordenação do artista Paulo Dud, da Secretária Municipal de Cultura de Embu, é comemorativa da oficialização do nome Embu das Artes, resultado do plebiscito de 1º de maio último, que redundou no projeto de lei do deputado Geraldo Cruz, aprovado por unanimidade pelo Legislativo paulista e sancionado pelo governador Geraldo Alckmin.



Antônio C. Moraes

Antônio C. Moraes é um pintor que possui uma sorte de filtro emotivo que se identifica no mundo de suas paisagens, a serem entendidas como páginas de um diário no qual, dia após dia, viagem após viagem, emoção após emoção, são agradavelmente anotadas. Com coerência e sem distorções, define em válidos termos pictóricos a difícil imagem da própria verdade moral e poética.

Sua pintura está entre aquelas raras manifestações que devem ser contempladas e absorvidas com cuidadosa observação. Encontramo-nos frente a uma visão sugestiva de formas e cores, validamente sustentadas por um firme modelo interior, vivo de recordações tradicionais, mas elaboradas sob um novo olhar, sólido e repleto de valores humanos.

Trata-se de uma pintura que fascina, porque feita de sugestão e de medida, que nasce do conhecimento exato de sensações vividas e não de conceitos sugeridos por vazias relações formais. É como se examinássemos uma pesquisa pictórica não isenta de um sutil virtuosismo, mas consolidada constantemente por um seguro e sério estudo construtivo.

Como na obra Araras da Amazônia, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista encontra na natureza o fascínio e os germes da exaltação, testemunho de poesia e da eterna repetição dos fenômenos criativos. Árvores, flores, pássaros, paisagens exóticas e urbanas, panoramas de montanhas e marinhas constituem a rica temática de Antônio C. Moraes.



O artista

Antônio da Conceição Moraes nasceu em São Paulo, em 1940, tendo falecido em fins do século 20. Iniciou sua carreira artística em 1958, com desenhos para vitrais e para gravações em cristais. Em 1962, passou a trabalhar com projetos de arquitetura e paisagismo.

A partir de 1990, pretendendo levar avante sua carreira de artista plástico, projetou-se como professor em pintura a óleo, com a colaboração da Galeria Sérgio Longo. Lecionou ainda nas galerias Gesso Arte e Espaço Matisse e no Liceu de Artes do Embu. Ministrou também cursos nas galerias Finarte e Erni.

Entre as inúmeras exposições individuais e coletivas de que participou, destacam-se: painel na sede do Edifício Pão de Açúcar (2002); XI e XII Salão de Artes da Associação Comercial de São Paulo, 1º Prêmio Aquisição e Medalha de Ouro (1998 e 1999); III Salão Paisagem Brasileira, na Associação Paulista de Belas-Artes, Prêmio Innocêncio Borghese (1997); Salão de Arte da Sociedade Esportiva Palmeiras (Paleta de Ouro); I Salão Astra (Medalha de Ouro); Espaço Cultural do Shopping Center Tamboré (Medalha de Ouro, 1996); I Concurso de Arte Livre "Maison Saint Germain", Medalha de Prata; I Odisséia de Mairiporã, 1º lugar (1995); V Salão de Arte da Universidade São Judas Tadeu (Medalha de Ouro); Espaço Promenade Shopping Eldorado (1992); XI Salão de Artes Plásticas de Santo Amaro (Medalha de Ouro); e 49º Salão de Artes Plásticas da Casa de Portugal (1991).

Participou como jurado em diversos salões de arte e seus quadros encontram-se em coleções particulares e oficiais na Itália, Holanda, Portugal, Japão, Argentina, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil, bem como no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. (mlf)



Iwao Nakajima

Por uma necessidade de evasão e de reconstrução dos valores mais íntimos e fecundos, descobre-se inicialmente a pintura naïf pela intuição, depois nos envolvemos conscientemente.

No caso do artista Iwao Nakajima, a essência de sua pintura naïf repousa sobre uma substância poética própria. O pintor é muitas vezes um poeta que escreve poesia com o pincel: uma poesia ingênua e pura, que tem suas raízes na memória, na sensação íntima da própria realidade.

Assumindo tanto tons de tristeza ou de alegria, e das sensações as mais variadas, a sua é sempre uma poesia feliz porque vital. Ao abrigo de todo o sistema, o autor se coloca frente à natureza e a interpreta como a vê, sem nada mais.

Servindo-se de dons autênticos, baseados numa sólida técnica, o artista joga as cores com sutileza e de preferência se exprime através de delicadas passagens harmônicas que outras vezes traduz aplicando tons vivos.

Os quadros de Nakajima nos transportam num mundo que se encontra nos confins da memória. As cenas que estão neles representadas constituem-se de fragmentos e retalhos que vêm à mente e são reunidos num espaço que, apesar de tudo, é terrestre.

As obras Paraíso e Monumento às Bandeiras, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, transmitem uma atmosfera impregnada de símbolos. Entrelaçadas florescências e cromatismos alusivos fazem desabrochar situações e sentimentos onde se entrelaçam os desejos de uma ativa participação tão diferente da rotina de nossos dias.



O artista

Iwao Nakajima nasceu em Gumma, Japão, em 1954. Estudou pintura e desenho na Escola de Artes de Cerâmica de Nagoia. Chegou ao Brasil em 1955, como técnico de pintura e esmalte. Naturalizou-se brasileiro em 1977. É membro da Associação Paulista de Belas Artes.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: Grupo Naifs Brazilian, Milão, Itália; Os Melhores da Praça, Galeria Eucatexto, São Paulo; Grupo 8 Artistas, Banco América do Sul, São Paulo; 4º, 6º, 7º e 20º Salão Bunkyo, São Paulo (1974, 1977, 1978 e 1997); Grupo Seibi, Galeria Niterói, São Paulo (1974); 7º Salão Paisagem Paulista, São Paulo; Mostra de Artes Plásticas de Maceió, AL; Galeria do Sol, São José dos Campos, SP (1975); Associação Cristã dos Moços, São Paulo; Grupo Sakai do Embu, Clube Homes, São Paulo; 40º, 42º e 45º Salão Paulista de Belas Artes, Galeria Prestes Maia, São Paulo (1976, 1978 e 1981); VII Salão da Primavera, São Paulo; Clube Hípico de Campinas, SP; 1º Grupo Liberart, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo (1976); XV e XVI Salão Oficial de Embu, SP (1977 e 1978); Grupo 8 Artistas, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo; 2º e 3º Salão do Movimento Paulista de Artes Plásticas, Itaquera, São Paulo, e São João da Boa Vista, SP; Japoneses na Arte Brasileira, Clube Paineiras, São Paulo; Issen, Museu de Artes de Ueno, Tóquio, Japão; 10º Salão Paisagem Paulista, São Paulo (1978); Galeria Panorama, Salvador, BA (1979, 1980 e 1982); Mostra de Arte em Nova York, EUA (1981); Prefeituras Municipais de Embu e Guarulhos, SP (1982); Galeria Kanekiti, Nagoya, Japão (1983); Galeria Shoka-Do, Handa, Japão; Galeria Daimaru, Kobe, Japão (1985); Mostra Individual Clube Paulistano, São Paulo (1986); Kork Gallery, Lincon Center, Nova York; Galeria Sogo, Kobe, Japão (1987); 80 Anos da Imigração Japonesa, Masp, São Paulo; Mostra Matsuzakaya, Japão (1988); Mostra Latino-Americano de Arte Primitiva, Galeria Onuma, Japão; Festival Nipo-Brasileiro, Prefeitura de Maringá, PR (1989); Galeria Suzuran, Gumma, Japão (1990); III Mostra de Arte Bikoo-Tem, Rio de Janeiro (1991); Galeria Hakuzen, Nagoya, Japão (1993); I Bienal Paulista de Arte Contemporânea, Valinhos, SP, Bienal Brasileira de Arte Naïf, Piracicaba, SP (1996); Galeria Wachi, Tóquio, Japão (1998); Mostra Individual, Brasil 500 Anos, no Brasil e Japão (2000); 1º, 2º, 3º Salão Figurativo Bunkyo, São Paulo (2001, 2002 e 2003); Galeria Horikawa, Kobe, Japão (2004).

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