CPI do Sistema Prisional apura denúncias sobre irregularidades no CDP de Osasco


19/06/2002 14:44

Compartilhar:


DA ASSESSORIA

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia

Legislativa de São Paulo, que investiga o sistema prisional, vai ouvir

nesta quinta-feira, 20/6, às 10 h, os atuais e ex-diretores dos Centros

de Detenção Provisória de Osasco 1 e 2, Hildebrando da Costa Banco, Adauri

Samora Filho, Mozart Sáuvio Barbosa e Jurandi Terra Leme, além do juiz

corregedor dos presídios e da polícia judiciária de Osasco, José Marcos

Silva, sobre eventuais irregularidades que teriam ocorrido nessas unidades,

como a facilitação de fuga, denunciada pela imprensa.

A audiência tem o objetivo de apurar denúncias veiculadas pela

imprensa, que apontam para a superlotação dos CDP''s, além de denúncias de

facilitação de fuga e de entrada de armas nesses centros. Os CDP''s de

Osasco estão entre os que são considerados mais problemáticos, entre os 13

centros administrados pela Secretaria de Administração Penitenciária. No

último ano, ocorreram diversas rebeliões, resgates e tentativas de resgate

de presos, troca de tiros e mortes. Houve, inclusive, uma tentativa de

resgate feita com helicóptero.

Os CDP''s foram criados com o propósito de esvaziar as carceragens dos

distritos policiais. "O grande problema é que os CDP''s têm reproduzido os

mesmos defeitos das delegacias, com superlotação e permanência dos presos

por mais tempo que o devido. Há muitos presos já condenados, que continuam

cumprindo pena nos Centros", ressalta a presidente da CPI, deputada Rosmary

Corrêa (PMDB).

A Comissão pretende, ainda, apurar denúncias, documentadas por meio

de fotos, de que presos considerados de alta periculosidade ficam

soltos, conversando com funcionários do lado de fora do CDP. "Queremos

saber o que os responsáveis pelas unidades sabem sobre as denúncias que

foram feitas e as providências tomadas. Vamos averiguar a veracidade dos

fatos", reforça a deputada.

alesp