DA ASSESSORIAA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da AssembléiaLegislativa de São Paulo, que investiga o sistema prisional, vai ouvirnesta quinta-feira, 20/6, às 10 h, os atuais e ex-diretores dos Centrosde Detenção Provisória de Osasco 1 e 2, Hildebrando da Costa Banco, AdauriSamora Filho, Mozart Sáuvio Barbosa e Jurandi Terra Leme, além do juizcorregedor dos presídios e da polícia judiciária de Osasco, José MarcosSilva, sobre eventuais irregularidades que teriam ocorrido nessas unidades,como a facilitação de fuga, denunciada pela imprensa.A audiência tem o objetivo de apurar denúncias veiculadas pelaimprensa, que apontam para a superlotação dos CDP''s, além de denúncias defacilitação de fuga e de entrada de armas nesses centros. Os CDP''s deOsasco estão entre os que são considerados mais problemáticos, entre os 13centros administrados pela Secretaria de Administração Penitenciária. Noúltimo ano, ocorreram diversas rebeliões, resgates e tentativas de resgatede presos, troca de tiros e mortes. Houve, inclusive, uma tentativa deresgate feita com helicóptero.Os CDP''s foram criados com o propósito de esvaziar as carceragens dosdistritos policiais. "O grande problema é que os CDP''s têm reproduzido osmesmos defeitos das delegacias, com superlotação e permanência dos presospor mais tempo que o devido. Há muitos presos já condenados, que continuamcumprindo pena nos Centros", ressalta a presidente da CPI, deputada RosmaryCorrêa (PMDB).A Comissão pretende, ainda, apurar denúncias, documentadas por meiode fotos, de que presos considerados de alta periculosidade ficamsoltos, conversando com funcionários do lado de fora do CDP. "Queremossaber o que os responsáveis pelas unidades sabem sobre as denúncias queforam feitas e as providências tomadas. Vamos averiguar a veracidade dosfatos", reforça a deputada.