Jeremy Rifkin: hidrogênio, o combustível do Século XXI


19/09/2003 18:06

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Jeremy Rifkin e deputado Arnaldo Jardim (à direita)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/JardimJeremy.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria do deputado Arnaldo Jardim

O coordenador da Frente Parlamentar pela Energia Limpa e Renovável da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Arnaldo Jardim (PPS), realizou na quinta-feira, 18/9, no Auditório Franco Montoro, em parceria com a Fiesp/Ciesp e a Fapesp, o seminário "Hidrogênio, energia do futuro - Condições sócio-econômicas para a implantação da geração de energia a partir do hidrogênio", com o especialista norte-americano Jeremy Rifkin, presidente da Fundação de Tendências Econômicas e autor do best-seller "A Economia do Hidrogênio".

Para debater o assunto, além do deputado Arnaldo Jardim, estiveram presentes o empresário Antônio Ermírio de Moraes; o diretor da Fiesp/Ciesp, Luiz Gonzaga Bertelli; o presidente da Fapesp, Carlos Vogt; o ex-reitor da Universidade de Campinas (Unicamp), Wilson Quintella; além de representantes do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) da Unicamp, das Secretarias estaduais de Energia, Agricultura e Meio Ambiente.

Jeremy Rifkin prevê o surgimento de uma nova economia sustentada pelo hidrogênio, que segundo ele, irá mudar as instituições econômicas, políticas e sociais, a exemplo do que fizeram o carvão e a máquina a vapor na Era Industrial. Para ele, o Brasil pode se tornar a primeira potência mundial na exploração do hidrogênio, exatamente pelos recursos naturais existentes no país.

Rifkin anunciou que o presidente americano George W. Bush tentará criar, em novembro deste ano, uma frente mundial para o desenvolvimento de uma matriz energética do hidrogênio, que abrigará países com tecnologias em desenvolvimento neste setor, inclusive o Brasil.

No entanto, desconfia das reais intenções do presidente americano. Para ele, Bush está determinado a buscar a energia do hidrogênio a partir de combustíveis fósseis (Black Hydrogen) e não de energia renovável como ele prega. Para o Brasil, seria mais importante obtê-lo a partir da biomassa ou do álcool (Green Hydrogen), recursos renováveis e não poluentes.

Para o empresário Antônio Ermírio de Moraes, a tendência energética do século XXI é o hidrogênio. Sobre a possibilidade de investir nessa área, afirmou que dependerá do custo, mas quer colher mais dados sobre o assunto.

O presidente da Fapesp, Carlos Vogt reafirmou prioridade da instituição ao financiamento de pesquisas e projetos sobre células combustíveis.

Para Arnaldo Jardim, o importante, agora, é incluir na matriz energética do país a energia que poderá ser gerada a partir da célula de combustíveis que extráiam o hidrogênio de fontes renováveis.

ajardim@al.sp.gov.br

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