Burocracia prejudica o trabalho dos diretores de escola


24/08/2009 17:57

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A pesquisa apresentada pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp), publicada na Folha de S. Paulo em 16/08, que aponta a carga burocrática no cotidiano dos diretores de escolas municipais, foi comentada e apoiada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa no último dia 20/8. Giannazi disse que a pesquisa mostra claramente o processo de esvaziamento da função pedagógica dos diretores e diretoras, que são obrigados a fazer relatórios, planilhas, distribuição de materiais, controle de notas fiscais, etc. Na opinião dele, a direção da escola deve priorizar o trabalho de acompanhamento pedagógico e o fortalecimento da gestão democrática da unidade de ensino para a melhoria da qualidade educacional. No entanto, salienta, com o excesso de trabalho burocrático, diretores se tornam reféns de atividades administrativas que deveriam ser feitas por funcionários do quadro de apoio escolar, cujo efetivo atualmente é insuficiente.

A pesquisa do Sinesp serve também para demonstrar a situação de diretores da rede estadual de ensino, que vivem o mesmo drama mas de forma acentuada, pois a falta de investimento no magistério paulista e nos servidores da Educação é bem maior. "A prefeitura da capital e o estado têm de contratar mais funcionários de apoio para as escolas e desburocratizar os procedimentos administrativos a fim de que os diretores e diretoras possam ter mais tempo para o trabalho pedagógico", argumentou Giannazi.



carlos giannazi@uol.com.br

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