O governador do Rio, Anthony Garotinho, comandou no último fim de semana uma ruidosa e demagógica destruição de 100 mil armas, sob a fajuta alegação de que o fim delas, apreendidas junto a bandidos, representa o combate à violência. Na verdade, são cometidos dois erros. O primeiro é o fato de que muitas dessas armas, em vez de destruídas, poderiam ser entregues a policiais do Rio, para funcionarem em benefício da repressão ao crime. Certamente, os quadrilheiros cariocas estão festejando esse absurdo! O segundo erro, já detectado por uma parte da imprensa, é o fato de o governador Garotinho ter aproveitado a destruição de armas para palanque de sua provável candidatura à Presidência da República em 2002. Essa suspeita fica reforçada por ter o Governo do Estado do Rio gastado muito dinheiro ao veicular anúncios em jornais do Rio de Janeiro e de outros Estados, para alardear tal destruição. Espera-se que a molecagem de Garotinho não seja imitada neste ano pré-eleitoral, principalmente por aqui.

*Afanasio Jazadji é radialista e deputado estadual pelo PFL