Caio Franco transmite sensações ditadas pelo cromatismo e filtradas de atmosferas palpitantes

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
05/10/2005 16:06

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Caio Franco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Caio Franco - Museu de Arte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Cosmo Visão"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Caio franco cosmo visao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O mérito de Caio Franco está em transportar seu discurso além da retórica efusiva e das ocasionais amostragens abstratas até uma abertura dialética do espaço assumindo assim uma linguagem responsável. Trata-se de um artista que fez com que sua pintura aderisse a uma nova dimensão humana.

Conseguindo um certo equilíbrio entre ciência e poesia, com vantagem para essa última, o pintor alinha sua linguagem sobre posições sempre novas por uma contínua necessidade de esclarecimento conceitual, onde a raiz de um fenômeno pode estar presente em diversos períodos.

Trata-se de um discurso difícil, que elabora com paixão e sobre o limiar de deduções lógicas ou científicas. O que é a matéria e qual a função de uma cadeira ou de uma "natureza morta", quando milênios de "experiências" nos ensinaram a vê-las estaticamente?

Deixando de lado a equação tempo-espaço, que em sua pintura se apresenta como o contar de uma história, o que representam todas as coisas que se projetaram no cosmo, o chamado novo "habitat"? Se em suas obras o tema conceitual comunica uma certa inquietação, que não é fantasma mas a alienação total do passado, a cor é incontestavelmente o seu ponto dominador.

O autor declina sobre a tela toda a gama das tonalidades cromáticas, elaborando, com bom gosto, seus espaços abstratos. O seu cromatismo se difunde em graduações fundamentais e vibrantes onde os espaços calibram os plenos e os vazios volumétricos aumentando a profundidade de uma prospectiva construída pela espátula e pelo pincel, que criando uma trama em relevo confere corpo e delimita o tema do quadro.

Através da obra "Cosmo Visão", doada ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista permite ao observador saborear sensações ditadas por suas cores e filtradas de atmosferas palpitantes, ricas de sinfonias cromáticas que parecem narrar a história do Universo.



O Artista

Caio Franco nasceu em São Paulo, no ano de 1956. Formou-se em Comunicação com especialização em Publicidade e Propaganda pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP (1980) e pós graduação em história da arte na mesma faculdade (1999).

Participou dos seguintes cursos de arte: gravura em metal com a professora Arriet Chahin no MAM em São Paulo (1987); pintura com Vera Rodrigues (1990); especialização em História da Arte na FAAP com a professora Mariela Kantor (1991); pintura com Sérgio Fingermamn, Ubirajara Ribeiro e Vera Rodrigues (1992/1993); pintura com Paulo Pasta (1994); história da arte com o professor Rodrigo Neves (1995); pintura e monotipia (1998) e desenho (2001) ambos com Dudu Maia Rosa no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Realizou diversas exposições artísticas individuais e coletivas e suas obras encontram-se em coleções particulares e oficiais no Brasil e no exterior, com destaque no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp