Aposentadoria prejudicada

Clóvis de Oliveira, da Associação dos Funcionários Civis e Militares do Brasil (ASBRA), questionou recente reestruturação das carreiras policiais promovida pelo governo estadual, por que baseada, segundo ele, em gratificações não incorporáveis para efeito de cálculo dos proventos de aposentadoria do servidor.

Depósitos de gente

Robson César Correia de Mendonça, representando o Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, criticou o descaso das autoridades no trato com essa população, qualificando de depósitos de gente os albergues recentemente inaugurados pela administração de São Paulo.

Mulher marginalizada

Abordando a situação em que se encontra a mulher marginalizada na cidade de São Paulo, Darcy Rosa dos Reis, na qualidade de representante de diversos setores carentes, reivindicou maior atenção das autoridades públicas a esta parcela da população.

Prêmio Ignóbel

Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo do Sudeste, apresentou o resultado do Prêmio Ignóbel de Educação deste ano, relatando casos de desmandos e equívocos na área durante 2007. Citados a Rede Globo de Televisão e Sílvio Santos como ganhadores da láurea.

Vergonha da democracia

Delegada aposentada e representante do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida, Maria Lima de Matos qualificou o governo José Serra como a maior vergonha da democracia e do estado de direito no Brasil, por suas opiniões sobre o sistema tributário nacional.

Qualidade do ensino

Após comentar a falta de independência financeira do Poder Judiciário, José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, citou pronunciamento do deputado Fernando Capez para discutir a qualidade do ensino público no Estado de São Paulo.

E o celular dentro das penitenciárias, deputado?

Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa) protestou contra o governador José Serra por ter sancionado o projeto de lei do deputado Orlando Morando que proíbe o uso de celulares pelos alunos nas escolas. "É uma lei imbecil, para agradar aos professores", afirmou. Cremilda criticou a iniciativa que, alega, irá aumentar a violência dentro das escolas, questionando os parlamentares da Assembléia Legislativa sobre o crescente número de usuários de celulares nas penitenciárias.

Desrespeito aos funcionários na IMESP

Ao apontar o desrespeito de garantias constitucionais como o direito de se organizar e a discriminação racial, Sárvio Nogueira Holanda, da Imprensa Oficial do Estado (IMESP), usou seu espaço na Tribuna Popular para protestar contra a direção da empresa. Holanda declarou que a prática é usual dentro das empresas públicas do Estado de São Paulo.

Atenção para a sociedade brasileira

Carlos Eduardo Ventura Campos, do Movimento de Moradia Ordem e Progresso, citou a programação dos veículos de comunicação brasileiros que incentivam a violência na sociedade, à revelia das autoridades. Propôs também a reforma do Judiciário, com o intuito de dar maior agilidade ao poder para verificar, como sugere, a programação das redes de televisão.

Melhorias para Marsilac

José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Social de Parelheiros, reiterou seus pedidos para que o governador providencie a reforma da estrada de Engenheiro Marsilac. Ele denunciou a permanência de crianças e bebês "dentro de um chiqueirinho, com grades cercando todos eles" em uma casa na Vila Rocha naquele distrito. Disse que tomou conhecimento do local por acaso, quando um colega o convidou a ir até a "creche".

Transportes

Josanias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, parabenizou a rede Globo pela série de reportagens denunciando o caos no trânsito e nos meios de transportes da capital paulista. Declarou que os moradores de Marsilac estão fazendo um abaixo-assinado para encaminhar ao governador solicitando que o trem chegue até o terminal de Parelheiros.

Democracia

Anderson Cruz, do Instituto de Educação de São Paulo, declarou que a Assembléia Popular é um espaço apartidário. "É um programa democrático, onde são respeitadas as diferenças", afirmou. Ao comentar reportagem da revista Veja sobre a educação de nível superior no Brasil criticou a política educacional do presidente Lula.

Caos no transporte e na educação

Merice Andrade de Quadros, da Organização Não-Governamental Embu-Guaçu em Ação, criticou o transporte público no Estado de São Paulo o qual, segundo ela, está um "caos". Desafiou o prefeito Kassab a pegar um trem às seis horas da manhã "amontoado" junto com o povo e não um trem reservado só para ele e as autoridades. Em Embu-Guaçu, complementou, disputa-se cada centímetro quadrado de espaço nos ônibus. A educação, de acordo com a oradora, também está "um caos" e esta situação, segundo ela, não é só culpa do professor, mas do sistema. "O governador Serra não está preocupado com a população pobre", opinou. Parabenizou o deputado Ênio Tatto (PT) por emenda que proporciona verbas para a saúde em Embu-Guaçu.

Discriminação a policiais militares

Roberto Rodrigues, da Associação dos Funcionários Civis e Militares do Brasil (Asbra), denunciou a discriminação que os policiais militares sofrem no Hospital Cruz Azul por terem de pagar diversas despesas, enquanto o servidor público civil não arca com quaisquer ônus além dos 2% descontados em folha. Denunciou empresa que estaciona caminhões na Avenida Ipiranga com os dizeres "livre do rodízio". Solicitação da Asbra para isenção do rodízio de quatro automóveis para transportar os associados enfermos foi negada, o que, segundo ele, é, também, discriminação.



Funcionalismo na penúria

José Martins Leal, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, criticou o Projeto de Lei 1162/2007 que trata do orçamento de 2008 por não prever aumento ao funcionalismo público. "Mais uma vez o governador deixa o funcionalismo na penúria", afirmou. Parabenizou emenda do deputado Fernando Capez (PSDB) que remaneja 500 milhões de reais para reajuste dos aposentados das polícias civil e militar e reivindicou o reconhecimento dos delegados de polícia como o de outras carreiras jurídicas do Estado.

Projeto inteligente

Rosângela Veiga da Silva, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (NAPA), elogiou o deputado Cido Sério (PT) por projeto que prevê que os descendentes de ocupantes de cargos públicos sejam obrigados a ser matriculados em escolas públicas. "O governador Serra colocaria um filho ou um neto em escola pública?", indagou. E respondeu: "é claro que não, porque ele sabe que o ensino é de má qualidade". Comprometeu-se a trabalhar pela aprovação deste projeto que considerou muito inteligente.



O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis¬lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res¬pon¬sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.