Música, dança, máscaras e alegria: as artes do carnaval

Emanuel von Lauenstein Massarani
04/02/2005 18:35

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Clique para ver a imagem " alt="Obra "Mascarado" de Thiago Martins Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Obra "Instrumentos do Folclore Brasileiro" de Geanete Reines Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Obra "Abstraindo o Tango" de Carina Edenburg Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt="Obra "Boêmia" de D. Esteves Clique para ver a imagem ">

Segundo a pesquisadora Claudia M. de Assis Rocha Lima, as origens do Carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias, que homenageavam a deusa Isis e o Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o renascer da natureza. No Brasil, o Carnaval surgiu no Brasil em 1723, com a migração vinda das ilhas portuguesas da Madeira. Durante as festividades carnavalescas, chamadas de Entrudo (que significa "entrada"), a diversão dos foliões era jogar água uns nos outros.

"LA PEQUEÑA ORQUESTA", de Angel Cestac - O verismo desse artista alcança vértices de refinado lirismo e elegância cromática. É certo que a emoção que envolve o seu trabalho tem origem principalmente na virtude da cor, que atrai e estimula a sua fantasia. Sua pintura é alegre, aberta como seu caráter. As cores realizam um conto, ora paisagístico, ora figurativo, embebido de tênues e vibrantes tramas cromáticas.

"ABSTRAINDO O TANGO", de Carina Edenburg - A obra dessa jovem artista sugere a terceira dimensão por intermédio das sutis relações entre os contornos, as silhuetas e as aberturas operadas no corpo da obra. Esse jogo de equilíbrio, entre os diversos elementos, permite à escultura dessa artista adquirir um "peso plástico" que não se espera frente à obra bi-dimensional.

"BOEMIA", de D. Esteves - Sarcasmo, ritmo e musicalidade estão reunidos na sua criação pictórica. Sua pintura é testemunho quase físico com o qual D. Esteves faz sua reflexão sobre a condição humana e em particular do que ele mais se aproxima: os músicos. O artista, usando um cromatismo bem brasileiro, procura traduzir visualmente, por meio de linhas improvisadas, os ritmos e as complexas arquiteturas da composição, onde uma certa presença geométrico-cubista se faz sempre presente.

"INSTRUMENTOS DO FOLCLORE BRASILEIRO", de Geanete Reines - Trata-se de uma pintura que se revela refinada, especialmente pelo seu equilíbrio cromatismo. É evidente que a artista encontrou instintivamente estas cores e descobriu a força dos vermelhos e dos violetas, a poesia dos laranjas, dos azuis e dos rosas. Ela alcança uma composição e um ritmo formal de elevado interesse.

"SAMBA" de João Cândido da Silva - Seus caboclos e suas favelas enfocados sob o Sol dos trópicos se transformam em uma feérica festa de cores. São quadros ricos, sonoros e por incrível que pareça, transbordantes de felicidade, impregnados de uma bucólica poesia. Suas composições contam, com cores claras e vivas a magia do carnaval e nossos folguedos populares.

"MASCARADOS" de Marcos Irine - Formas seqüenciais constroem um discurso coerente, cromático e musical. Sua temática desenvolvida em simbologias repetitivas transforma em verdadeiras e próprias palavras figurativas que o pintor usa para construir um discurso aparentemente dissociado, entretanto, extremamente coerente.

"MASCARADO" de Thiago Martins - Máscaras são inseridas no contexto da escultura e se constituem em traços arqueológicos intactos ou recortados tudo bem próximo de um "puzzle". Controlando seus élans líricos ou retóricos, o escultor mede suas efusões e calcula suas improvisações.

alesp