Museu de Arte - Manabu Mabe


01/02/2012 14:00

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Litografia Sem Título<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2012/museuManabumabeObra1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Manabu Mabe<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2012/museuManabumabeObra2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Manabu Mabe: impulso vital e gesto pictórico passam por uma imaginação fértil e tenaz





A arte de Mabe é mais uma pintura de composição que de gesto, com efeito a superfície sensível da tela não se limita em receber a passagem do gesto, mas o guia, o disciplina, o organiza segundo uma própria estrutura.



Apropriando-se todavia da vitalidade do gesto, a superfície parece exercitar sobre suas cores uma misteriosa influência que se dilata, as contém, as exalta e as conclui num tempo.



"A experiência perceptiva do mundo acumula certamente no artista uma carga emotiva, vital" - assim afirma o grande crítico italiano G.C. Argan. Não há dúvida que a emoção se torna imaginação e a imaginação induz o fazer, a ação de pintar, o que explica o interesse que provocou desde o início em Manabu Mabe, a "action painting" e ao mesmo tempo a sua reserva, a vontade de fazer passar pela imaginação o elo entre o impulso vital e o gesto pictórico.



Contemporâneo de sua arte, sua arte é dele contemporânea, pois Manabu Mabe foi e permanece um artista da melhor tradição e entende-se esse termo na sua acepção mais nobre: é presente e vivo.



Na litografia "Sem Título", doada por seu filho Yugo Mabe ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o consagrado pintor assume uma dimensão autônoma construída sobre registros interiores, onde é mantida a tensão da forma e a essência da pintura.



O artista



Manabu Mabe nasceu em Takara, Vila Shiranui, Município de Udo, província de Kumamoto, em 1924, atualmente cidade de Shiranui. Faleceu em São Paulo em 1997. Imigrou para o Brasil em 1934, com 10 anos de idade, instalando-se por 3 anos com a família na Fazenda Sakamoto, em Birigui. Em 1937 transferiu-se para a região de Guararapes e em 1939 instala-se na fazenda do sr. Ushiyama, na colônia União, em Lins.



Paralelamente ao seu trabalho no cafezal inicia aos 18 anos sua trajetória de pintor, pintando maçãs com crayons trazidos do Japão e paisagens com aquarelas. Participou do Grupo dos Quinze, criado pelos artistas Handa, Takaoka, Tamaki e Kaminagai e em 1950 inicia a carreira de pintor profissional, instalando seu ateliê no bairro do Jabaquara.



Já em 1959 Manabu Mabe recebe o prêmio máximo em artes plásticas no Brasil, na V Bienal de São Paulo, com o Prêmio de Melhor Pintor nacional.



Possui obras em diversos museus e galerias, no Brasil e no exterior, entre eles no Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP, Pinacoteca do Estado, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes, RJ, Museu Manchete, RJ, Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte de Belo Horizonte, The Museum of Fine Arts Houston, EUA, The National Museum of Art, Kioto, Japão, The Kumamoto Museum of Art, Japão; The Kamakura Museum of Modern Art, Japão; Rikka Museum of Art, Tókio; The National Museum of Art, Osaka, Japão; Lowe Art Museum, Miami, EUA; Museum of Moderm Art of Latin America, Washington, EUA; Museo de Belas Artes de Caraça, Venezuela; The Hakone Open Air Museum , Japão; Moa, Museum of Art , Atami, Japão; Iwasaki Art Museum, Kagoshima,Japão; Murauchi Art Museum, Tóquio, Japão e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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