Ato de apoio à advogada Valdênia Paulino


18/10/2007 21:02

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Rose Nogueira e Valdênia Aparecida Paulino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ato valdenia rose nogueira e valdenia paulino02 rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ato de apoio à advogada Valdênia Paulino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ato valdenia geral 823 rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Valdênia Aparecida Paulino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/valdenia paulino06 rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Adriano Diogo e Valdênia Aparecida Paulino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/valdenia paulino e dep adriano 01 rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Realizou-se nesta quinta-feira, 18/10, no Auditório Franco Montoro, um ato de desagravo à advogada do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Sapopemba, Valdênia Aparecida Paulino, acusada por membros da PM de suposto envolvimento com o tráfico de drogas e com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Coordenado pelo deputado Adriano Diogo (PT ), o evento teve o intuito de apoiar a advogada, reconhecida pelos que lutam pelos direitos humanos como alguém que acredita que a vida é um direito de todos e se indigna frente a todas as formas de violência, principalmente contra os que vivem em situação de pobreza. A princípio foi apresentado um vídeo produzido por Adriano Diogo intitulado "Cabra marcada para viver". No documentário houve depoimentos de várias lideranças e moradores de bairros da periferia de São Paulo sobre o trabalho que Valdênia vem realizando em favor da comunidade. "Ela é mãe das lutas pelos direitos humanos, símbolo da resistência; alguém que rompe a cerca e busca ver o olhar de quem sofre", declarou um entrevistado.

Certidão de sentença condenatória

A advogada declarou que tem recebido atenção e apoio das autoridades que conhecem a sua trajetória e, portanto, acreditam que as denúncias que tentaram envolver seu nome com ações criminosas se tratam de armações para manchar a sua imagem e desqualificar seu trabalho. Em documento distribuído aos presentes ela disse ainda que o que faz é contribuir para a organização dos que moram nas favelas e em conjuntos habitacionais populares, para que exijam os serviços públicos, que raramente chegam às periferias, e para que não aceitem ser humilhadas e torturadas por agentes do Estado. "O que faço é lutar para que a certidão de nascimento de um ser humano que nasce pobre deixe de ser uma certidão de sentença condenatória. Se as autoridades querem - e podem - dar uma resposta às calúnias e difamações de que fui vítima, que façam chegar ao Sapopemba e a outras periferias os Centros de Atendimento para Adolescentes Usuários de Álcool e Drogas (Caps), as políticas de inserção de jovens no mercado de trabalho, as políticas habitacionais para os moradores das favelas e, entre tantas outras iniciativas, implantem o Programa de Defensores de Direitos Humanos em São Paulo".

Manifestações de solidariedade

Vários deputados, autoridades do Executivo e militantes dos direitos humanos manifestaram apoio à Valdênia. "Temos de lutar contra a tentativa de criminalização da luta social. Vida longa aos militantes dos direitos humanos", declarou Raul Marcelo (PSOL). Cido Sério (PT), Rui Falcão (PT), Olímpio Gomes (PV), Carlos Giannazi (PSOL), Marcos Martins (PT) e José Zico Prado (PT) foram alguns dos parlamentares que declararam solidariedade à advogada. "Valdênia tem a coragem de enfrentar os poderosos e, por isso, teve até de sair do país. Tudo indica que querem denegrir a imagem de uma valente figura, que dedica sua vida aos direitos humanos", disse o ouvidor de polícia Antonio Funari Filho. O delegado encarregado de investigar o caso, Artur Frederico Moreira, declarou que era a primeira vez que estava "investigando um anjo". A promotora de Justiça Jaqueline Donisette afirmou que a violência praticada pelo Estado é intolerável e que os defensores dos direitos humanos lutam para que o Estado não se iguale aos que infringem a lei.

alesp