Parlamento Jovem discute principais problemas do Estado

Retrospectiva 2003
06/01/2004 18:52

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Deputados jovens de 2003.<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/retro parla jovem1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marcos Roberto Loncorovici Júnior, eleito pelo Partido da Juventude no Parlamento Jovem de 2003.<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/MARCOS LONCOROVICI JUNIOR.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fábio de Sá e Silva, presidente do Parlamento Jovem.<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/retro parla jovem2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

Levar os estudantes de ensino médio a discutir os principais problemas do Estado foi o objetivo da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo ao instituir o Parlamento Jovem, que em 2003 completou cinco anos. No programa, são selecionados, em escolas de todo o Estado, 94 deputados jovens, por meio da votação de projetos elaborados durante o ano letivo. Os escolhidos viverão a rotina de um parlamentar do Poder Legislativo paulista durante um dia.

Com partidos estruturados em torno de grandes temas, como Educação, Agricultura, Juventude e Segurança, entre outros, os jovens deputados entram no mundo formal da política com diplomação e juramento solene, no Plenário da Assembléia, diante de deputados titulares. O ponto alto é a eleição da Mesa Diretora, nos moldes de cada início de uma legislatura no parlamento paulista, e toda a cerimônia é acompanhada por pais, amigos e professores. Os jovens usam a tribuna para defender seus projetos, levam a sério as atividades programadas, dão entrevistas, expõem seus pontos de vista.

O Parlamento Jovem, sempre em novembro de cada ano, em 2003 teve uma inovação: a partir de agora, uma edição concentrará jovens do ensino médio e outra, do ensino fundamental, alternadamente.

Como os partidos jovens tratam de temas gerais de interesse da sociedade, a cada ano um assunto acaba dominando, revelando, de certa forma, tendências da sociedade na faixa etária dos participantes. Desde a sua primeira edição, em 1999, quando foi criado, tem havido uma predominância de mulheres. No Parlamento Jovem de 2003, além da presença maciça feminina, os deputados jovens destacaram o papel dos portadores de deficiência em todos os setores da sociedade, deixando claro que é hora de repensar o papel dos cidadãos com necessidades especiais na sociedade brasileira: foram eleitos, por ampla maioria, Fábio de Sá e Silva, deficiente auditivo, para presidente, e Dennis Rocha de Lima, que usa cadeira de rodas para se locomover, para vice-presidente.Representantes do Partido dos Direitos Humanos, minoritário, foram eleitos com um projeto que torna obrigatória a presença de intérprete na linguagem de sinais (libras) no atendimento ao público em órgãos e instituições públicos e privados.

Como vem acontecendo nesses cinco anos, novamente o Partido da Educação teve a maior bancada do Parlamento Jovem. Seus 33 integrantes concordaram que é necessária a criação de programa para a prática de cidadania nas escolas, que, em conseqüência, se refletirá nos municípios e no país.

O Parlamento Jovem tornou-se realidade na gestão do então presidente da Assembléia, deputado Vanderlei Macris (PSDB), em parceria com os deputados César Callegari (PSB) e a deputada Célia Leão (PSDB), autora do primeiro projeto apresentado no Legislativo com este objetivo. O evento acontece todos os anos, sempre em novembro.

A sabedoria do Parlamento Jovem

Marcos Roberto Loncorovici Júnior, 17 anos, foi eleito pelo Partido da Juventude. Natural de Marília, concluiu o 2º ano do ensino médio na Fundação Bradesco. A trajetória que percorreu até o plenário da Assembléia ilustra o saudável efervecência de sonhos, expectativas e idéias que motivaram os 94 deputados da edição 2003 do Parlamento Jovem.A partir da sua observação pessoal da realidade atual do jovem e do idoso, decidiu participar da iniciativa com um projeto que cria o Centro de Apoio ao Jovem (CAJ). A dificuldade de o jovem se inserir no mercado de trabalho e a exclusão daquele que se aposenta foram o foco da proposta: o centro teria o aposentado colocando sua experiência de vida à disposição das novas gerações.

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