Envolvido por lirismo, fantasia e magia, o universo artístico de Silvana Galeone

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
27/04/2007 15:01

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<i>Sem Titulo II</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/sem titulo 2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Silvana Galeone<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Silvana galeone.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sem Titulo I</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/sem titulo 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Não é difícil compreender a mensagem pictórica de Silvana Galeone, pois o seu modo de pintar revela o desejo de entrar em contato com o observador e a vontade de se exprimir sem mal-entendidos. Sua linguagem é simples e possui musicalidade. Sua temática é tão interessante quanto é o seu estilo.

Preocupando-se em ser autentica pelo "que" diz e "como" o diz, ela pertence à categoria de artistas preocupadas com os problemas que afligem o homem, a sua solidão, suas angustias e suas alegrias, mas também por uma sondagem mais profunda, de maneira que aquelas realidades se tornem mais palpitantes e mais vivas.

Eis que determinadas atmosferas ambientais desejam evidenciar preciosos estados de alma, não voltados ao desespero ou ao pessimismo, mas a uma segura esperança que transparece através da presença de luzes bem evidentes. Seu cromatismo é brilhante e contrastado.

Silvana Galeone, tomada de uma profunda fantasia, se lança numa caça ao traço, deformando imagens e cores sob a pressão de um poder criativo que dá lugar a figurações sempre imprevisíveis. O que é compacto e lógico, isto é, o real, a artista se esforça em detalhar, em esmiuçar.

Frente a seus quadros, a fantasia se move quase tumultuosa e transforma o observador em co-autor do mundo da artista, penetrando decisivamente na paisagem ou no ambiente que ela cria, fala com os personagens e os transfere a tempos longínquos, mas sempre vivos, se como pano de fundo encontra o clima que propõe.

A pintora consegue ser narrativa também através de suas tonalidades, que parecem, às vezes, se dirigir em direção a um certo monocromatismo. Seus personagens protagonistas, revocados em ambientes de festas, através de manchas de cores, seguem perfeitamente o ritmo da musica. Em suas telas, a artista difunde um sentido de jovial entusiasmo por tudo o que é movimento, progresso e dinamismo.

Nas duas obras Sem Título doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, por intermédio de Livia Bucci, as pinceladas soltas de tons vibrantes e contrastantes não constituem meios estruturais, mas o componente substancial acima de qualquer forma, linha ou desenho, que são o elo da arte com a vida. Quando, aos seus personagens aproxima animais, flores e casarios, a artista pretende homenagear Chagall, projetando na contemporaneidade o seu romântico impressionismo.

A artista

Silvana Galeone nasceu em Grottaglie, na província de Taranto, Itália. Vive e trabalha em suas atividades artísticas entre Roma e Taranto como pintora e ceramista. Durante um certo tempo ensinou desenho e educação artística.

Sua primeira exposição individual foi no início dos anos 70, em Roma, na Associação "da Stampa Estera", seguindo-se outra no famoso Festival dos Dois Mundos, em Spoleto. Realizou ainda as seguintes mostras: Festival do Vale d"Istria, no Claustro de São Domingos, Martina Franca; "Semana Leopardiana", Forte Napolenico, Portanova; Biblioteca Cívica Virgilio, Mantova (Itália).

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: Galeria Comunal, Fermo; Galeria "Spazi Nucri", Spoleto; Galeria Comunal, Terni; Galeria "Le Dimensioni", Roma; Galeria Taros, Taranto; Centro de Arte Internacional, Milão; Galeria Comunal, Maglie; Galeria Comunal, Recanati; Galeria Comunal, Taranto; Galeria de Arte do Castelo Aragonês, Marina Militar; Museu Nacional do Folclore, Roma; Museu Nacional do Mosteiro de Strabaw, Praga (República Tcheca); Columbus Center, Toronto (Canadá), Claustro do Conservatório Musical, Cosenza; Semi-Ipogeo, Sova; Assis Galeria de Arte, Castellamare di Stabbia; Helyos Gallery, Nola; Palácio da Anunciata, Matera; Círculo Nacional, Caserta; Vila Fiorentini, Sorrento, Itália; e Spazio Surreale, São Paulo.

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