Lanchas quebradas levam caos à travessia entre Santos e Vicente de Carvalho


24/03/2006 11:07

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Em indicação que apresentou ao governo estadual, a deputada Maria Lúcia Prandi (PT) cobrou urgentes providências da Secretaria dos Transportes em relação à travessia entre Santos e Vicente de Carvalho, no Guarujá. Ela define a situação como caótica. A parlamentar também apresentou requerimento de informações sobre planos de investimentos na melhoria do sistema.

O sistema, mantido pela empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), é utilizado diariamente por cerca de 20 mil pessoas. Três barcas quebradas e apenas duas em circulação têm provocado demora no transporte e revolta entre usuários. Uma lancha mista para carros e pedestres, a FD-05, foi deslocada às pressas da travessia Santos-Guarujá, na tentativa de contornar os problemas, que ainda assim persistiram. As denúncias foram encaminhadas à deputada pelo presidente do sindicato dos marinheiros, Alcides Souza

"Temos denunciado insistentemente a situação crítica das travessias, mas o Governo do Estado permanece omisso. Três barcas e duas balsas avariadas são um absurdo", critica a parlamentar.

Mais ações

Na segunda-feira, 27/4, às 14h30, a parlamentar reúne-se com o capitão dos portos, comandante Marcos Nunes de Miranda, para tratar da recente colisão entre a barca Cubatão e uma catraia, na travessia Santos " Vicente de Carvalho. "O encontro ganha importância ainda maior devido ao agravamento da situação", afirma a deputada. Ela pretende saber quais têm sido as ações da Capitania dos Portos, que responde pela fiscalização do sistema.

Na audiência, Maria Lúcia insistirá na necessidade de rigorosa investigação sobre as causas da colisão. Prandi quer saber se é verdadeira a informação de que a barca da Dersa estaria com um cano do sistema hidráulico quebrado, provocando vazamento de óleo que pode ter contribuído para o acidente. A parlamentar quer também apurar qual a possível relação entre os problemas no sistema de travessias e a proximidade do final do contrato com a empresa responsável pela manutenção e pelos reparos nas embarcações. "É outro absurdo essa possível relação, porque o contrato tem de ser honrado até o final", afirma.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp