Diretor do Senai diz que empresas usam mão de obra de presos para incentivar ressocialização

Na mesma reunião da comissão, foi aprovada convocação de reitor da USP
19/10/2011 21:34

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Deputados da comissão <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2011/ComCienciaTecInf19Out11VM2.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vitor Sapienza <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2011/ComCienciaTecInf19Out11VM1.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Walter Vicione Gonçalves, diretor regional do Senai-SP e superintendente operacional do Sesi-SP<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2011/ComCienciaTecInf19Out11VMWalterGoncalveseSapienza.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação recebeu nesta quarta-feira, 19/10, Walter Vicione Gonçalves, diretor regional do Senai-SP e superintendente operacional do Sesi-SP, que falou à comissão sobre os investimentos das duas instituições na área de educação profissional e também sobre outros temas relativos à força de trabalho. Gonçalves informou que, com o objetivo de proporcionar a integração social dos presos em regime semi-aberto, algumas empresas têm firmado convênio com o governo estadual para usar mão de obra de detentos em suas obras. Os exemplos mencionados foram as obras do estádio do Corinthians (Itaquerão), de responsabilidade da Odebrecht, e um desfile de modas patrocinado pela primeira-dama, Lu Alckmin, onde as presas participaram de todo o processo de produção do evento. Os benefícios do trabalho são remetidos aos familiares dos presos.

Quanto à educação profissional, as informações de Gonçalves apontam a preocupação dos empresários em garantir, a médio e longo prazo, mão de obra especializada de alta qualidade. O representante do Sesi-Senai destacou a ampliação do número de cursos, o aumento da carga horária escolar para os alunos do ensino fundamental (de quatro para nove horas), a construção de mais escolas, a contratação dos melhores profissionais disponíveis no mercado e a implantação do ensino à distância.



Mão de obra de qualidade



"Falando de São Paulo, só em 2010 foram mais de 867 mil matriculados distribuídos nos cursos de aprendizagem industrial, técnico, superior, de formação continuada, escolas móveis e de produção indireta. Em novembro próximo, serão um milhão de matrículas." Walter Gonçalves enfatizou que todos os cursos são coerentes com a demanda do mercado e que 87% dos alunos do sistema conseguem emprego no primeiro ano de formados.

"Ainda temos muito a fazer, mas as respostas têm sido boas", destacou Gonçalves, que anunciou, para 2012, a inauguração de cinco escolas para o curso de nanotecnologia.*



Requerimentos



A comissão ainda aprovou dois requerimentos. O primeiro de autoria de Vitor Sapienza (PPS), convidando Cezar Leão Granieri, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindiclube) para apresentar os resultados do programa de formação de jovens aprendizes e expor as metas e projetos em andamento.

O outro requerimento, de Simão Pedro (PT), trata da convocação do reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, para falar sobre a situação do Campus da USP Leste. Após intenso debate, os parlamentares decidiram pela convocação do reitor, que tem evitado dialogar com os deputados. (LP/ot)



*Os interessados em participar do processo seletivo para os cursos podem consultar o site http://processoseletivo.sp.senai.br/WebForms/default.aspx, ou obter informações pelos telefones 0800-551000 e (11) 3528-2000.

alesp