Entre o sonho e a realidade, a dimensão poética de Gilberto Salvador

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
23/05/2006 16:02

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Gilberto Salvador<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/GilbertoSalvador1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pouso Branco<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Gilberto Obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra de Gilberto Salvador encontra-se naquela dimensão poética que está entre o sonho e a realidade, onde alguns elementos permanecem ainda suspensos e indefinidos, vibrantes de frêmitos. Com efeito, é uma realidade existencial a que exercita sobre o artista o seu poder de sugestão, intensificando assim o sentimento do espaço até fazê-lo coincidir com uma ânsia de infinito.

O artista sintetizou a imagem, não sem sensibilizá-la, acentuando o tom da fábula metafísica e empurrando-a até os limites do fantástico. Porém, nesse sintetismo, o fantástico não é esquematizado. Por exemplo, as figuras de Gilberto Salvador adquirem uma mágica consistência determinada sobretudo pelo ritmo das formas e pelo refinamento da cor tratada.

Inerente ao artista está o desejo de uma constante renovação que, todavia, encontra a sua matriz no seio de uma verdade artística sólida e qualitativa. Seu caminho artístico tem-se desenvolvido com critérios sérios e conscienciosos, dentro de uma visão moderna da arte, não superando aquela harmonia estrutural que confere à sua obra uma grande possibilidade de comunicação com o público.

Com efeito, suas obras, mesmo trazendo a inspiração de um simbolismo de ordem filosófica, conservam uma disposição de conjunto acessível e atmosférica.

Algumas de suas composições, como a obra "Pouso Branco", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo (da série de litogravuras de grande formato, feitas com papel artesanal especialmente fabricado), se nos apresentam como se o autor desejasse filtrar os sonhos do subconsciente para recriá-los com sua energia pictórica.

O artista

Gilberto Salvador, pintor, escultor, gravador e arquiteto, nasceu em São Paulo em 1946. Participou de inúmeras exposições individuais, destacando-se entre elas: Galeria do Teatro de Arena, São Paulo (1965); Artécnica Galeria, São Paulo (1966); Galeria Paulo Prado, São Paulo (1975); Galeria Arte Global, São Paulo (1976); Galeria Oscar Seraphico, Brasília, DF (1977); Galeria O Cavalete, Salvador, BA. (1978); Museu de Arte Popular de Mato Grosso, Cuiabá, MT (1979); Galeria Projecta, São Paulo; Galeria Salamandra, Porto Alegre, RS. (1980); Galeria Oscar Seraphico, Brasília, DF; Galeria Bonino, Rio de Janeiro; Cades Galeria de Arte, Santos, SP. (1982); ELF Galeria de Arte, Belém, PA; Galeria do Sol, São José dos Campos, SP e Bienal Ibero Americana de Arte, México (1983); A.M. Niemeyer, Rio de Janeiro; Kraft Escritório de Arte, Porto Alegre, RS; Galeria Suzana Sassoun, São Paulo (1984); Galeria Artenossa, Londrina, PR; Escritório de Arte da Bahia, Salvador, BA. (1985); Museu de Arte de São Paulo (MASP), SP; Paulo Figueiredo Galeria de Arte, São Paulo; Kraft Escritório de Arte, Porto Alegre, RS; Galeria Artenossa, Londrina, PR; II Bienal Internacional de Havana, Cuba (1986); Dan Galeria, São Paulo; Museu Histórico e Cultural de Jundiaí "Solar do Barão", Jundiaí, SP (1987); Bolsa de Arte de Porto Alegre, RS (1988); Prova do Artista, Salvador, BA; La Galleria, Brasília, DF; Mary Ortiz Escritório de Arte, São Paulo; Dan Galeria, São Paulo; Barcelona Art Forum (BIAF), Barcelona, Espanha (1989); Brasil Inter Art Galerie, Paris, França; Prova do Artista, Salvador, BA; Latin Art Gallerie, Nagoya, Japão (1991); Brasilian Kunst Art " Landesbank Galerie, Munique e Stutgart, Alemanha (1992); A2 Agência de Arte, São José do Rio Preto, SP (1994); Museu de Arte de São Paulo (MASP), SP (1995); Fraletti Rubbo Galeria de Arte, Curitiba, PR (1996); "Guilhotina N"Agua", Galeria Aloísio Cravo, São Paulo (1998); "Vôo de Xangô", Estação Jardim São Paulo do Metro, São Paulo (1999); "O Reino Interior", Pinacoteca do Estado, São Paulo (2001).

Possui obras nos seguintes acervos públicos: Companhia do Metrô de São Paulo, Estação Jardim São Paulo, SP; Museu da Arte Contemporânea de Brasília, Brasília, DF; Museu de Arte Brasileira " Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de Londrina, PR; Museu de Arte Contemporânea de Campinas, SP; Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Palácio do Governo do Estado de São Paulo, São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP; e Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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