Assembléia Popular


13/07/2007 11:57

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José Roberto Alves da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Jose Roberto Alves da Silva0002.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Leonilson de Queiroz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/jose leonilson01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mauro Alves da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Mauro Alves da Silva.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Robson César Correia de Mendonça<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/robson cesar01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> William Prado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/wilian aguiar do prado01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luiz Silveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Luiz Silveira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Josanias Castanho Braga<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/josanias02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Merice Andrade de Quadros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/merice02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Juventude abandonada

O representante do Grêmio Social Esportivo e Recreativo Sudeste (SER), Mauro Alves da Silva, abordou a questão da juventude e citou pesquisa sobre o abandono, que indica que "todos os dias 170 jovens são presos". Silva falou também sobre a realização do 9º Congresso do Consabesp, neste sábado, 14 de julho, quando serão debatidas questões sobre a forma de se colocar o jovem como protagonista da sociedade. Criticou a deficiência das escolas, onde há falta de vagas, escolas com apenas 2 horas de aula e muitas crianças ficam de fora. Ele lembrou que no dia 13 de julho o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 17 anos.

Kit de exame pago

Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro contra a Indústria da Doença, leu matéria publicada na imprensa da capital que diz que médicos de Posto de Saúde do Município de São Paulo encaminham pacientes para clínicas particulares para fazer exame de ultra-sonografia. Segundo ele, "o paciente leva um kit para os exames e tem de pagar 20 reais". Silva criticou ainda a postura do governo federal que está gastando muito dinheiro para a realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. "Não sou contra os esportes, diz, mas contra a incoerência da aplicação de todo esse dinheiro." Silva também exigiu dos senadores que representam o Estado de São Paulo, Eduardo Suplicy, Romeu Tuma e Aloísio Mercadante, que modifiquem a lei que prevê a "provinha" da OAB. "São 300 mil estudantes de direito que pagam 180 reais para realizar a prova", disse.

Exclusão social

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (COEP), disse que "o Estatuto da Criança e do Adolescente, que esta semana completa 17 anos, está próximo da maioridade e ainda não entrou nas escolas públicas". O orador falou sobre a "violência reflexiva", que maltrata as crianças nas próprias escolas e criticou a falta de uma política de inclusão social. Segundo ele, "triplicou o número de moradores de rua e triplicou também o número de internos da Febem", além de que 75% das crianças não têm creche e um terço não tem escola. Criticou ainda os conselhos tutoriais da cidade de São Paulo, que "fazem política partidária em vez de cumprirem a sua determinação". Falou ainda da Defensoria Pública, que está atendendo 60% das ações das vítimas do acidente na estação do Metrô de Pinheiros. Para ele, "estão defendendo a classe média, que pode pagar um advogado".

"Desça do pedestal"

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, criticou veementemente artigo escrito pelo empresário Antônio Ermírio de Moraes, publicado em coluna do jornal Folha de S. Paulo, no último domingo. Segundo o orador, o artigo faz menção à lei municipal que restringiu a publicidade na cidade de São Paulo. Em seu artigo, o empresário sugeriu que o município impusesse sanções aos pichadores "que emporcalham a cidade" e removesse os moradores de rua. Mendonça pediu para que Antônio Ermírio "desça do pedestal e conheça a realidade da cidade e saiba por que o prefeito não deixa que esse jovens moradores de rua tenham direito a uma cama, por que proíbe a entrada nos albergues. E continuou: "Morador de rua não tem lavanderia nem banheiro público e não precisa de críticas imbecis como essa que o senhor fez". Pediu mais dignidade, educação e trabalho e a criação de albergues para os jovens e abrigo para as crianças.

Saúde e turismo

Josanias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, parabenizou Robson pelo seu discurso. Concordou que a cidade de São Paulo "está bonita apenas para a burguesia". Pediu novamente a construção do Hospital de Parelheiros, que poderá atender cerca de 250 mil habitantes, e se incluídas as regiões próximas, quase 500 mil. Citou abaixo-assinado feito pelos moradores de Capela do Socorro que pede a construção de duas pontes na região. Pediu também um trem de passageiros para a região. Para a ministra Marta Suplicy, solicitou um trem de turismo que leve a população até a Baixada Santista. Braga falou ainda do restabelecimento do curso noturno de Vargem Grande e pediu mais educação e emprego. "Não há violência maior que o desemprego", disse."

Mortos e vivos

O sistema de saúde está sucateado, avaliou José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Social de Marsilac e Parelheiros. Ele narrou parte dos percalços enfrentados por sua mulher, quando necessitou de atendimento no Hospital Geral de Pedreira. "Os médicos não investigavam a causa da doença, mas sim se o medicamento que eles davam estava fazendo efeito", afirmou. A proibição de entrada de acompanhantes no local de atendimento também prejudica pessoas debilitadas, afirmou Leonilson. Parte da culpa se deve, segundo ele, às organizações sociais que administram de forma incompetente essas unidades. "Muitas delas são ligadas a grupos religiosos. Então que vão cuidar da alma de quem já morreu, e não de quem está vivo", concluiu.

Nomes aos bois

A falta de manifestação de líderes locais pode dar a impressão de que tudo vai bem na Vila Brasilândia, o que não é verdade, afirmou Clodoaldo Leandro Lustoza, da Associação Beneficente Deus Vivo da Galiléia. "Conclamo os líderes da zona norte a se manifestar nos fóruns adequados", disse Lustoza. Ele criticou o fato de algumas ONGs serem privilegiadas por contarem com a participação de primeiras-damas, enquanto a entidade de que ele participa está há 20 anos em atividade e luta com dificuldades para realizar seu trabalho. Para Lustoza, reportagens como a publicada pelo Estadão, que denuncia desvio de verbas de ONGs, precisa ir mais longe e "dar nomes aos bois, para que a população saiba para onde está indo esse dinheiro".

Marketing

"Não sou contra os direitos humanos, mas eles estão sendo mal conduzidos, indo mais para o lado do marketing do que das pessoas", afirmou William Prado, do Movimento de Saúde Parelheiros e Marsilac. Envolvido num incidente com fiscais e policiais que apreendiam mercadorias no largo 13, Prado foi conduzido ao 11º DP. Ele reconheceu que os policiais apenas cumpriram seu dever e responsabilizou o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab por ações desse tipo. "Serra e Kassab: parem de maltratar os pobres. Por que vocês não os tratam como trataram os estudantes da USP?", indagou.

Despejo injusto

Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu-Guaçu em Ação, criticou o atendimento de saúde e o sistema de transportes em Embu-Guaçu. Segundo ela, "São Paulo está desgovernado". Falta de equipamentos em postos de saúde, ônibus caros e superlotados foram alguns dos aspectos apontados por ela. Na área da habitação, Merice se posicionou contra decisão da Justiça de reintegração de posse na Favela Parque Industrial, onde 55 pessoas são ameaçadas com ordem de despejo e derrubada de suas casas, localizada sob linhas de transmissão de energia. "As pessoas moram mal porque o governo não investe em moradia", avaliou. Para ela, é preciso suspender a ordem de despejo até que novas casas sejam construídas para essas famílias.

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