Homenagem dos deputados estaduais a Leonel Brizola


22/06/2004 19:05

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Leonel de Moura Brizola<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/BRIZOLA 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

A Assembléia Legislativa de São Paulo levantou a sessão ordinária desta terça-feira, 22/6, em homenagem à memória de Leonel de Moura Brizola. Em nome do Legislativo Paulista, o presidente Sidney Beraldo (PSDB), secretariado por José Caldini Crespo (PFL), abriu os trabalhos com suas condolências, afirmando que, antes de tudo, Brizola era um patriota, fato que não poderia ser negado nem por quem discordava de suas idéias.

Arnaldo Jardim (PPS) seguiu reverenciando o fundador do PDT e lembrou as inúmeras vezes que o presidente nacional de seu partido, Roberto Freire, firmou parcerias políticas com Brizola, cuja vida se forjara na luta popular e democrática.

Ana Martins (PCdoB) prestou sua solidariedade aos familiares de Brizola e aos membros do PDT, principalmente à líder paulista Therezinha Zerbini. Seu companheiro de bancada, Nivaldo Santana, destacou, posteriormente, que por iniciativa de Ana Martins, Leonel Brizola fora agraciado com o título de cidadão paulista em cerimônia que reuniu mais de mil pessoas na Câmara municipal de São Paulo.

Líder do PSDB, Vaz de Lima falou também em nome de Vanderley Macris, líder do governo. Suas palavras ressaltaram a intensidade e o vigor da juventude que Brizola mantinha na defesa do que acreditava ser o correto. "Ele, por muitas vezes, foi contra tudo e contra todos em nome de sua coerência", ponderou.

Luís Carlos Gondim, do PL, acrescentou: "Brizola foi um político que deixou sua marca. Ele conseguiu impor sua contribuição socialista a este país". E foi seguido por Valdomiro Lopes (PSB), que comentou a importância de Leonel Brizola na fundação do Partido Democrático Trabalhista, quando, em maio de 1980, o TSE se pronunciou em favor de Ivete Vargas na detenção da legenda. O levante liderado por Brizola se insurgindo contra o golpe militar foi e a luta pela redemocratização do país foram abordados por Ricardo Castilho (PV).

A bancada do PT também se pronunciou. Cândido Vaccarezza, lembrou a convicção que o político manteve em seus 60 anos de militância: a de que o Brasil era uma grande nação, com importantes contribuições para os demais países. Fausto Figueira citou a luta contra a ditadura, o exílio, reconquista de direitos trazida pela anistia e, enfim, a campanha Diretas Já como principais marcos na vida pública de Brizola. Já Ênio Tatto enfocou a ênfase na educação que marcou seu governo no Rio Grande do Sul e suas duas gestões no Rio de Janeiro. "Entre 1958 e 1962, Brizola construiu 6 mil escolas em Porto Alegre e no interior. No Rio de Janeiro foram os Ciep que inovaram com o conceito de educação em tempo integral". Ana do Carmo declarou-se admiradora da luta de Brizola desde sua atuação no movimento estudantil. "Discordamos dele em muitos momento, mas nunca deixamos de reconhecer que amava este país e que sempre lutou com muita coerência por seus ideais, concluiu Carlinhos Almeida.

Antes de dar a sessão por encerrada, Sidney Beraldo explicou a ausência de Geraldo Vinholi, líder do PDT na Assembléia, já que este acompanhava as últimas homenagens prestadas ao principal líder de seu partido, no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro.

alesp