No período em que é realizada a Feira Agroindustrial de Ourinhos, a Câmara Municipal da cidade foi sede da 20ª audiência pública realizada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa. Participaram da reunião desta segunda-feira, 5/6, cidadãos das regiões de governo de Assis e de Ourinhos, que apresentaram sugestões à LDO e ao Orçamento de 2007.Desta vez não foi a apresentação do vídeo institucional da Assembléia Legislativa que abriu a reunião. A Câmara Municipal de Ourinhos produziu um vídeo sobre a cidade, que mostra seus pontos turísticos e imagens que ressaltam a economia local.Cerca de 60 pessoas assistiram à reunião, presidida pelo deputado Renato Simões (PT) e que contou com a presença dos deputados Enio Tatto (PT), Vinícius Camarinha (PSB) e Edmir Chedid (PFL). O prefeito de Ourinhos, Toshio Misato, e o presidente da Câmara de Ourinhos, José Claudinei Messias, priorizaram a necessidade de investimentos na Santa Casa, que passa por sérias dificuldades.AssisA região de Assis teve significativa representação. Cleni Dias, diretora regional da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp), defendeu a causa dos professore aposentados, enfocando a contribuição patronal para o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e a equiparação salarial entre ativos e inativos.O radialista Reinaldo Nunes apontou a duplicação da SP-333 e a construção de trevo em desnível no acesso a Assis. Ele pediu também aumento no repasse à TV Cultura, programa de contenção de queimadas e obras no conjunto habitacional Assis 3.O vereador José Luiz Garcia, de Assis, pleiteou recuperação das vicinais, programa de preservação de áreas verdes e construção de passarela de ligação entre a área urbana e os bairros distantes.Outras demandasMaria Inês Francisco, do Conselho da Pessoa com Deficiência, reivindicou a distribuição de próteses e órteses na região de Ourinhos. Além disso, ela quer a intensificação do atendimento de saúde, uma vez que os pacientes com deficiência não precisem se deslocar a São Paulo.Belkis Gonçalves, vice-prefeita e diretora de Assistência Social, quer um plano de gestão no setor. Ela espera que isso venha a minimizar graves problemas sociais da região.A empregada doméstica Roseli Fernandes da Silva solicitou aprimoramento na distribuição de medicamentos.Representante dos oficiais de Justiça de Ourinhos, Elisal Vieira destacou que a categoria está fazendo paralisações em todo o Estado, em protesto contra os baixos salários. "Queremos que a Assembléia vote os projetos do Judiciário o quanto antes", disse.Roberto Cesário, da Comissão do Iamspe, relatou os problemas da instituição e pediu a contrapartida do governo no financiamento do instituto.Valdete Pereira, diretor de Saúde da Força Sindical, quer mais incentivos para o setor que representa. Joaquim Bernardo pediu mais atenção aos aposentados do Estado e Luiz Horta, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), pediu mais recursos para a Educação e melhoria salarial para os professores.Homero Filho, vereador de Palmital, solicitou verbas para as instituições de saúde de sua cidade, incentivo para o setor agrícola, atividade predominante da região, e a construção de nova sede para a Apae.EncerramentoEnio Tatto, líder do PT, disse que é importante a sociedade adotar a prática de fiscalizar a execução orçamentária e a previsão de gastos na LDO.A descentralização carcerária é um dos grandes problemas do interior paulista. A afirmativa de Tatto refere-se à política de descentralização do governo, que, segundo ele, causou transtornos a regiões do oeste paulista, as quais mereceriam uma compensação por isso.O deputado Vinícius Camarinha cumprimentou o trabalho da comissão e elogiou a visita dos parlamentares ao Oeste Paulista para ouvir as demandas regionais. O parlamentar disse que o governo precisa incentivar a formação de um pólo de desenvolvimento, cuja ausência é um dos maiores problemas da região.O relator das peças orçamentárias, deputado Edmir Chedid, comentou o descaso com relação aos servidores públicos que recebem salários no piso. "E não é o piso salarial. É o chão."Chedid quer avançar nos debates, seja no que se refere à saúde, seja no que se refere à educação. "Meu compromisso é um relatório que vai representar um passo adiante em relação ao anterior."