Servidores da Saúde criticam proposta salarial do Executivo


27/05/2008 18:51

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Miriam Dambro, Pedro Tobias e Adriano Diogo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/COM SAUDE HIG Miriam Dambro.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Comissão de Saúde e Higiene da Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/COM SAUDE HIG  GERAL mmy (11).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Clamando por respeito aos servidores da Saúde, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde), Benedito Augusto de Oliveira, manifestou, durante reunião da Comissão de Saúde e Higiene da Alesp, realizada nesta terça-feira, 27/5, a indignação dos servidores à proposta do Executivo paulista em relação ao reajuste salarial dos funcionários da saúde e ao plano de estruturação de gratificações sugerido pelo governo.

Pela propositura, que ainda deve ser encaminhada à Alesp, devem ser incorporadas ao salário-base da categoria duas gratificações, "somando reajuste de 22%, mas a proposta é de 5% a 7% no salário-base, menos que a inflação do período", ressaltou Oliveira. O presidente do sindicato informou, ainda, que esse reajuste, que ele considera ridículo, será concedido apenas aos profissionais da área técnica da saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, dentistas, técnicos de laboratório, vigilantes sanitários e demais funcionários da área técnica) excluindo os da administrativa, "que ficam expostos às mesmas circunstâncias que os técnicos, inclusive de contaminação".

Segundo justificativa da área de recursos humanos do governo, não será possível mexer nos cargos administrativos porque existem os mesmos cargos em outros setores do serviço público. "Eles sugerem a criação de cargos específicos para a Saúde, mas, quem já está na ativa, não se enquadrará às novas normas. Pedimos ao governo a diferenciação das carreiras da saúde, mas o governo não considerou essa proposta", afirmou Benedito Oliveira, pedindo que a proposta do governo, "que é irreversível", seja extensiva a todos os servidores. Ele declara também que o salário-base dos servidores da Saúde, em sua maioria, gira em torno de R$ 80, e as gratificações a serem incorporadas são de R$ 60 e R$ 25,35.

Os parlamentares puderam constatar a informação após a apresentação do holerite de Regina Aparecida Bueno Paiva, funcionária pública da Saúde há 23 anos, que exerce a função de atendente no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). O contracheque de Regina Paiva é referente a abril de 2008 e consta que seu salário-base é de R$ 85,77. "Com as gratificações, o salário total é de R$ 660", disse Adriano Diogo (PT), presidente da comissão.

Os deputados Adriano Diogo, Afonso Lobato (PV), Marcos Martins (PT), Luiz Carlos Gondim (PPS) e João Barbosa (DEM) se mostraram solidários aos servidores e sugeriram a apresentação de emenda à propositura para tentar corrigir a proposta. A comissão deve realizar audiência com a área financeira do governo para estudar a possibilidade de estender o reajuste salarial a todos os servidores da Saúde.

Posteriormente a esse debate, a comissão deliberou pauta conclusiva aprovando sete moções de autoria parlamentar. Entre elas a de número 110/2003, de Gondim, que apela ao presidente da República a criação de um fundo de compensação financeira para o Estado para cobrir despesas com internações e procedimentos médicos de pacientes provenientes de outros Estados.

alesp