Cesar Romero: a visão de nossas raízes afro-brasileiras através de uma simbologia marcante

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
27/08/2009 15:30

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Cesar Romero<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/FOTOGRAFIACESARROMERO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Faixas emblemáticas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/CESARROMEROFAIXASEMBLEMATICAS.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

César Romero percorre mentalmente civilizações passadas em busca de sugestões. O artista consegue assimilar essas culturas para reencontrar uma outra, nova, valorizada através de conjecturas e íntimas convicções. Trata-se de um pintor regionalista - no melhor sentido do termo - que seduz pela universalidade de sua obra, embora preservando os autênticos valores da cultura brasileira.





Trata-se de um pintor que se apresenta ao público diversificando os temas de seus quadros com uma bem definida visão de nossas raízes afro-brasileiras. Uma prospectiva ética, em que as premissas intelectuais são geradoras dos mesmos fatos estilísticos, lhes conferem a dignidade e a consonância de uma expressão plena, isto é, de uma mensagem, de um discurso orgânico.



A perfeição técnica e o domínio do "métier" de César Romero são colocados a serviço de um discurso não somente estético, mas também humano, social e absolutamente brasileiro. O que nele encontramos é, sobretudo, uma clara consciência de que a arte não se realiza se as imagens produzidas não possuem ampla validez figurativa e visual.



Com extrema facilidade e através de um desenho refinado, ele narra essa arquitetura formada de flâmulas e bandeiras impregnadas com a presença de uma simbologia mística de nosso passado. Seu desenho é finíssimo e seu cromatismo se baseia principalmente nos azuis, violetas, verdes e vermelhos que dão metamorfose à realidade.



Liberado dos vínculos da representação objetiva e empenhado em englobar na construção das estruturas de suas massas cromáticas os temas fundamentais do seu tecido pictórico, César Romero alcança uma condição de invejável liberdade.



A obra "Faixas emblemáticas", doada pela senhora Lívia Bucci, diretora da Galeria Spazio Surreale, ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reflete a personalidade e a originalidade de seu autor, cujas obras constituem um pensamento visual frente ao qual devemos parar, a fim de compreender e refletir sobre a mensagem que nos transmite.



O Artista



César Romero nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 1950. Autodidata, iniciou-se em artes plásticas no ano de 1967. Formou-se em medicina em 1974, pela Universidade Federal da Bahia.



Participou de várias exposições internacionais nas cidades de Washington, Hannover, Colônia, Berlim, Barcelona, Madri, Bilbao, Lisboa, Miami, Chiasso, Montevidéu, Santiago e Los Angeles.



Realizou mostras individuais, em vários estados brasileiros, assim como fez parte dos principais salões oficiais no Brasil, além de mais de 200 mostras coletivas.



Recebeu 15 prêmios de pintura, quatro de fotografia e três salas especiais. Possui trabalhos em 32 museus brasileiros, inúmeras referências nacionais e internacionais sobre suas obras em livros, dicionários, revistas e jornais.



É membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) - ONG reconhecida pela UNESCO -, Associação de Arts Plastiques (AIAP) e da Internacional Associacion of Art UNESCO.



Realizou inúmeros cartazes e marcas para empresas, eventos, projetos visuais para capas de discos, convites, livros e estampas para tecidos, além de ilustrações para contos, livros, novelas, poemas, jornais e revistas. Alguns de seus trabalhos foram integrados em projetos de decoração de cenários de novelas em emissoras de televisão.



Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no exterior, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp