Apresentador Gugu Liberato não comparece à reunião da Comissão de Segurança Pública


23/09/2003 20:05

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Reunião da Comissão de Segurança Pública<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/segurancaA230903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados Ubiratan Guimarães, Rosmary Correa e Edson Ferrarini <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/segurancaC230903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

O apresentador Augusto Liberato não compareceu à reunião que a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa realizou nesta terça-feira, 23/9. Ele havia sido convidado para prestar esclarecimentos sobre matéria veiculada no dia 7/9, no programa Domingo Legal, do SBT, em que supostos membros do PCC fizeram ameaças a diversas autoridades.

Gugu enviou carta aos membros da comissão, solicitando que seu depoimento seja tomado em nova data. Primeiro ele quer depor na 5a. Delegacia do Deic, onde foi intimado a comparecer no próximo dia 25.

O delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, responsável pelas apurações do caso, também convidado pela comissão, justificou sua ausência com a existência de compromissos referentes ao inquérito em questão. Os outros convidados, Maurício Nunes, diretor do SBT; Rogério Casagrande, produtor do SBT; e o jornalista Wagner Maffezoli não compareceram à reunião nem apresentaram justificativa.

A comissão decidiu reunir-se reservadamente para decidir a condução dos trabalhos diante dos recentes acontecimentos. Seu presidente, deputado Romeu Tuma (PPS), lamentou a ausência dos convidados e disse que o Legislativo deveria ser mais respeitado. Em sua avaliação, a Comissão de Segurança Pública tem dado respaldo à atuação da polícia e do Ministério Público, que pode assim trabalhar com transparência, sem sofrer pressões.

O deputado Vanderlei Siraque (PT) aventou a possibilidade de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para convocar os envolvidos. Ele citou informações veiculadas pela imprensa de que o prejuízo pela suspensão do programa Domingo Legal, no último domingo, determinada pela Justiça, teria sido de R$750 mil. Siraque questionou se o apresentador estaria em ordem com a Receita Federal. "Gugu é um dos apresentadores que mais faz política na televisão. A televisão é uma concessão pública. Há motivos suficientes para a abertura de uma CPI", opinou.

"Acredito que estamos extrapolando os limites desta comissão", declarou a deputada Rosmary Corrêa (PSDB). "Temos que evitar situações constrangedoras como esta", alegou, referindo-se ao fato de nenhum dos convidados ter comparecido. Para Siraque, a sociedade teve sua dignidade ferida com os fatos em pauta, e alegou, em resposta à deputada, que todos os atos da comissão foram aprovados pela maioria de seus membros, o que os torna absolutamente cabíveis.

O deputado Edson Ferrarini (PTB) afirmou que o deputado Siraque está "magoado" porque Gugu fez campanha presidencial para José Serra, e não para Lula. "Ele está dando conotação política para esta comissão", declarou.

Referindo-se a comentários de que a entrevista de supostos membros do PCC fazia apologia do crime, o deputado Ubiratan Guimarães (PTB) disse que isso acontece todos os dias. "O filme Carandiru é exemplo: mostra os bandidos como santos e a polícia como vilã", argumentou.

Estiveram também presentes à reunião os deputados Conte Lopes (PP), Mauro Menuchi (PT), Maria Almeida (PFL) e José Dilson (PDT).

alesp