Ato em homenagem aos mártires armênios


23/04/2009 21:33

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Ato solene presta homenagem os mártires armênios <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/GENOCIDIOVALERYARNALDOSAPIENZAEDAPARECIDOEDATEVZe09.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O ato reivindica que a Turquia reconheça que dizimou um milhão e meio de armênios entre 1915 e 1923<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/GENOCIDIOPUBLZe11.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por solicitação do deputado Vitor Sapienza (PPS), foi realizado nesta quinta-feira, 23/4, ato solene com as finalidades de homenagear os mártires armênios e de reivindicar que a Turquia reconheça que dizimou um milhão e meio de armênios entre 1915 e 1923, o que provocou a diáspora armênia pelo mundo. Esses dados foram distribuídos no evento pelo Conselho Nacional Armênio da América do Sul - CNA. Sapienza, após a execução dos hinos da Armênia e do Brasil, abriu os trabalhos solidarizando-se com a comunidade armênia.

O cônsul geral da Armênia em São Paulo, Valery Mkrtoumian, declarou em entrevista para o Diário do Poder Legislativo que a Armênia está com a mão estendida para que se consume o restabelecimento das relações diplomáticas entre as duas nações, mas que a Turquia deu um passo atrás, em 1993, ao fechar sua fronteira com a Armênia, em apoio ao Azerbaidjão " quando do fim do bloco soviético, em 1991, a Turquia foi um dos primeiros países a reconhecer a autonomia da Armênia ", mas que estão sendo feitos esforços diplomáticos para que, num primeiro momento, sejam restabelecidas as relações diplomáticas e, em seguida, seja reconhecido o genocídio. Conforme a CNA, "o negacionismo continuado está na contra-mão dos fatos fartamente comprovados de que o governo turco da época determinou a matança".

Ao ser perguntado se a Armênia reivindica a devolução dos territórios ocupados (a Armênia ocupava 300 mil km2 antes da sua anexação pela União Soviética e hoje tem um território de 29,8 mil km2, menos de 10% de sua área histórica), Valery Mkrtoumian respondeu que não há pré-condições para que a Turquia reconheça o genocídio, mesmo porque isso vai ser bom para os dois povos: ao armênio, porque poderá reverenciar seus mártires sem contestações de que o genocídio não ocorreu, e ao povo turco, por tirar das costas o peso da negativa desse crime". O cônsul disse ainda que, como esforço diplomático, em setembro de 2008, o presidente armênio convidou o presidente turco, Abdullah Gul, para assistir a uma partida de futebol em Erevan, capital da Armênia e ele foi, indicando que há uma predisposição para um restabelecimento das relações entre as duas nações.

Compareceram ainda ao ato solene, além de Sapienza, que presidiu a Mesa, os deputados federais Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) e Edson Aparecido (PSDB/SP), dom Datev Karibian, da igreja armênia, e importantes membros da colônia armênia de São Paulo.

alesp