Araçatuba, da criação do gado à expansão do setor sucroalcooleiro

Audiências Públicas do Orçamento 2012
28/07/2011 17:47

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Praça do Boi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2011/AracatubaPracadoBoiX.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Maria Fumaça do Zoológico<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2011/ARACATUBAMariaFumacadoZoologico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Monumento Centenário Imigração Japonesa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2011/ARACATUBACentenarioImigracaoJaponesa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O nascimento de Araçatuba, sede da nona região administrativa do Estado de São Paulo, remonta a expansão cafeeira, mas, já na metade do século 20, sua economia foi caracterizada pelo crescimento das lavouras de cana-de-açúcar.

De economia diversificada, o setor de serviços é predominante na cidade. Araçatuba caracteriza-se também por ser um polo universitário e gastronômico da região noroeste do Estado de São Paulo. Seus pratos típicos são o cupim casqueirado e o caldo do artista.



Economia



Dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento divulgados em maio de 2010 apontam o município com potencial de desenvolvimento em todos os seguimentos da economia (agropecuária, indústria, comércio e serviços), em virtude da mão de obra qualificada, transporte e infra-estrutura. Todavia, ainda apresenta lentidão na questão imobiliária e turística.

No Índice Paulista de Responsabilidade Social, classificação que leva em conta a saúde, educação e renda da população, a cidade ficou classificada como intermediária (posição 2 em uma escala de 1 a 5) .

Historicamente ligada à pecuária, Araçatuba é conhecida como cidade do boi gordo. O setor sulcroalcooleiro está em crescimento acelerado e precisa de novas áreas para se expandir. O Noroeste Paulista é uma das últimas áreas viáveis e disponíveis no Estado de São Paulo para esta necessidade que o setor demanda. A topografia, solo e clima favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, bem como a presença de um dos maiores terminais sucroalcooleiros do Estado favorecem a região.



Rio Tietê



Em 2010 foi assinado contrato para a construção de um estaleiro para transporte de etanol pela hidrovia Tietê Paraná, que iniciará suas operações em 2013. A obra custará aproximadamente US$ 239 milhões e, quando totalmente em operação, terá capacidade de transporte de 4 bilhões de litros do produto. O modal consome 75% menos combustível para a mesma carga transportada por via terrestre, além de emitir apenas 1/3 do CO2 lançado pelo transporte rodoviário.

Próxima do rio Rio Tietê, considerado limpo na região, é a primeira cidade não ribeirinha do Estado de São Paulo a captar água diretamente deste rio. Ainda está sobre o Aquífero Guarani, a maior reserva de água doce do mundo, e é cortada pelo ribeirão Baguaçú que abastece parte do município. Em Araçatuba, 100% do esgoto é tratado antes de ser lançado nos cursos de água.



Indústria



O setor industrial da cidade vai do processamento de leite a máquinas de lavar roupas, passando por extrato de tomate e conservas, móveis planejados, medicamentos fitoterápicos, equipamentos hospitalares e fios cirúrgicos, produtos químicos e de instrumentação de alta tecnologia. Assim como o segmento de confecções, que representa importante vocação para a cidade (86 pequenas e médias indústrias fabricam em média 180 mil peças de roupas por mês). O setor tem merecido atenção especial do Poder Público através de investimentos para formação de mão de obra especializada e de cooperativas de produção e trabalho.



Agricultura



Antes da ferrovia, esta região era habitada pelos índios caingangues. Até o início de 1920, as terras não eram muito procurada por desbravadores. Somente após a construção de um loteamento de terras na cidade de Birigui e formação de colônias japonesas e italianas a cidade passou a ser alvo de pessoas com vontade de estabelecer-se nas terras.

Em 1929, a crise da bolsa de valores de Nova York deu um golpe nas plantações de café. Na década de 1940, a produção cafeeira caiu ainda mais, e em 1943 uma geada interferiu drasticamente na lavoura daquele ano. Assim, a melhor solução para o declínio da produção do café eram a associação de outras culturas como arroz, feijão, milho, e pastagem para o gado.

O café e as outras culturas ainda permaneceram até 1960. Neste período importantes empresas instalaram-se na cidade: Matarazzo, Anderson Clayton, Brasmen e Sanbra, especializadas no processamento de oleaginosas e grãos.



Gado e cana



Como gado que ia de Goiás e Mato Grosso a São Paulo chegava muito magro nas cidades da região, os produtores tornaram-se especialista na engorda bovina.

Até hoje Araçatuba é uma das principais cidades da pecuária de corte do Brasil. Porém, gradativamente, a região se transforma em polo do setor sucroalcooleiro " iniciado em 1974, com a crise do petróleo. Na época, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Integrado de Araçatuba propôs a instalação de 22 unidades produtoras de álcool na cidade.

A cana-de-açúcar ocupava 10% da área cultivada da região em 1987. As usinas Destivale, Aralcool, Alcoazul e Cruzalcool produziam em ritmo acelerado. Em 2009, a região de Araçatuba era responsável pela produção de 47% da energia limpa do Estado de São Paulo.



Educação



Araçatuba também é um grande centro regional estudantil, possuindo quatro universidades, três particulares e uma estadual, uma fundação e demais faculdades avulsas. É um grande polo formador de mão-de-obra especializada, abrigando estudantes de todo o Brasil e ascendendo o mercado imobiliário.

Possui uma das menores taxas de analfabetismo da população adulta entre as cidades-sede de região administrativa do Oeste Paulista.

Funcionam também em Araçatuba escolas pro­fissionalizantes como o Senai, Senac e Sesi.

Apesar de todo esse desenvolvimento, dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que 31,79% do eleitorado araçatubense não possui o primeiro grau completo.

alesp