Instituição pede intermediadores nas negociações salariais com o governo

Retrospectiva - 1º Semestre de 2004
23/07/2004 16:10

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Dorival Braga, secretário adjunto de Emprego e Relações do Trabalho e Deputado Hamilton Pereira <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/RelTrab1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Redação

Durante o primeiro semestre de 2004, a Comissão de Relações do Trabalho da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Hamilton Pereira (PT), promoveu reunião entre alunos, funcionários e docentes das Fatecs com o atual secretário adjunto de Emprego e Relações do Trabalho, Dorival Braga. O intuito da reunião foi pedir intermediadores nas negociações salariais com o governo.

Em greve, os trabalhadores e docentes da rede de faculdades de tecnologia e escolas técnicas do Centro Paula Souza, exigiram reposição salarial de 72%, referente ao período compreendido entre maio de 1996 e maio de 2003. A Secretaria de Ciência e Tecnologia rejeitou o reajuste, alegando que os valores solicitados superam o limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Enquanto o governo se apóia na LRF, os deputados Roberto Felício (PT) e Maria Lúcia Prandi (PT), questionaram o argumento e apontaram que a Fazenda estadual não está considerando a fonte de receita previdenciária dos inativos, que estaria resultando o acréscimo de R$ 90 milhões por mês na receita.

O deputado Simão Pedro (PT) destacou durante a reunião que os trabalhadores do Centro Paula Souza, tiveram apenas dois reajustes nos últimos oito anos. "Diante do impasse criado pela negativa do governo, pedimos a intermediação de mais uma secretaria para reforçar os esforços em prol das negociações", disse.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), Vera Santana Alves, destaca que a categoria tenta a negociação com o governo desde janeiro de 2003. Ela questiona, principalmente, o fato da remuneração do programa Família na Escola, que é R$ 13,50 hora/aula, ser maior do que os pagos para professores da instituição Paula Souza.

Segundo a representante dos docentes das Fatecs, Elaine Skorzenski Gonçalves dos Santos, a greve não reivindica somente o reajuste salarial. Ela frisou a falta de projeto organizacional acadêmico e institucional, falta de programas de atualização dos docentes, e, principalmente, a questão da inserção do Centro Paula Souza na Política Educacional do Estado. "As Fatecs foram um dos carros chefes da campanha do governador Geraldo Alckmin. Como pode, agora, serem abandonadas dessa forma pelo governo?".

Dorival declarou que a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho está se aproximando das Fatecs, ao incluí-las nos programas de qualificação, com repasses de verbas da secretaria.

alesp