DA REDAÇÃO O novo chairman do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), José Armando de Figueiredo Campos, tomou posse nesta segunda-feira, 17/3, na Assembléia Legislativa, em cerimônia que contou com a participação do secretário geral do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Fortes; do presidente do Legislativo paulista, Sidney Beraldo; do secretário estadual de Meio Ambiente, José Goldemberg; e do vice-governador do Espírito Santo, Lelo Coimbra. O CEBDS reúne representantes de 60 grandes grupos empresariais - como Nestlé, Shell, Petrobras, Usiminas, Companhia Vale do Rio Doce, Aracruz Celulose e Banco do Nordeste - que são responsáveis por cerca de 30% do PIB brasileiro e por mais de 500 mil empregos em todo o país.Campos, que é diretor-presidente da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), sucede no comando do CEBDS Félix de Bulhões, um dos fundadores da entidade. Entre os compromissos assumidos pelo chairman recém-empossado estão o empenho para "expressar as demandas de crescimento do governo e da sociedade, ajudando a produzir mais com menos desperdício de recursos" e trabalhar em prol da implementação efetiva de uma política de desenvolvimento sustentável no Brasil. "Cabe às empresas um papel muito maior do que elas estão acostumadas a exercer na transformação de um mundo de transformações", afirmou ele.Legislativo & empresáriosEm seu discurso de abertura da cerimônia, o presidente Sidney Beraldo garantiu que o desenvolvimento sustentável será um dos temas prioritários no Parlamento estadual. "São Paulo detém um terço do PIB brasileiro e pretendemos trabalhar de forma integrada com empresários e representantes da sociedade para harmonizar produção e equilíbrio ambiental", declarou Beraldo.Na opinião de José Goldemberg, o desenvolvimento sustentável está deixando de ser uma peça de retórica para se tornar uma realidade na estratégia de desenvolvimento do país. "Agora é preciso que ela saia do âmbito puramente legislativo e governamental e conte com a adesão dos industriais", disse Goldemberg. "Caso contrário, se transformará em jogo de empurra entre os setores público e privado."Félix de Bulhões enfatizou que promover o desenvolvimento sustentável não é mera filantropia. Segundo ele, os indicadores sociais são os mais importantes, porque determinam a qualidade de vida. "Estamos em uma sociedade em transformação e a sustentabilidade se impõe", declarou Bulhões.