Ato na Assembléia ratifica apoio do PCdoB a Lula

(com fotos)
13/06/2002 21:20

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DA REDAÇÃO

Com o auditório Teotônio Vilela lotado, o Partido Comunista do Brasil anunciou a decisão do Comitê Central de firmar uma coligação nacional com o PT. Dirigentes nacionais, parlamentares e militantes do partido aclamaram a decisão e ratificaram a aliança programática que apóia a candidatura Lula e a de José Genoino ao governo do Estado.

Aos gritos de "Vai avançar a unidade popular", "Brasil urgente Lula presidente", os militantes do PCdoB saudaram os diversos oradores que ocuparam o microfone. O presidente nacional do partido comunista, Renato Rebelo, ao fazer uma análise da conjuntura política que o país atravessa, considerou as duas últimas décadas, 80/90, como "décadas perdidas e perversas" e prescreveu como única alternativa a aliança das forças progressistas que têm em Lula seu representante. Para o dirigente, a instabilidade sentida nos últimos dias e a grave crise que o país atravessa são um reflexo da política e dos compromissos assumidos pelo governo Fernando Henrique. "Governo que conduziu a nação a uma guerra social e que governa em condomínio com o FMI", afirmou Renato, para quem a aliança firmada nesta quinta-feira pode e deve traçar um "novo rumo para o Brasil".

O presidente nacional do PT, José Dirceu, afirmou que a aliança entre o PT e o PCdoB, que vem sendo construída ao longo dos últimos 20 anos, e que está expressa na candidatura Lula, representa o anseio de 73% da população, que querem mudanças. Para o dirigente partidário, a presença de diversos líderes e deputados do PT no ato "demonstra a importância desta aliança para o partido".

O deputado Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal, que juntamente com a secretária-geral do Partido da Mobilização Nacional (PMN), Telma Ribeiro, compareceram ao ato para demonstrar o apoio que membros destas organizações partidárias dão a candidatura Lula , afirmou que o partido está próximo de integrar oficialmente a aliança em prol da candidatura do petista, "só faltam alguns ajustes regionais", declarou.

Lula confirmou durante o encontro o apoio do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, do PMDB, a sua candidatura.

Encerrando o ato, o candidato à presidência Luís Inácio Lula da Silva iniciou seu pronunciamento afirmando que "hoje era um dia muito feliz , pois como desejava João Amazonas, líder comunista recentemente falecido, as forças progressistas, apesar de suas diferenças, tinham a compreensão de que o momento exige o esforço de todos para superar as dificuldades e devolver a auto-estima ao povo brasileiro". Interrompido diversas vezes pelos gritos de "Brasil urgente Lula presidente", o candidato reiterou que o partido está maduro para enfrentar as dificuldades impostas pela nova ordem econômica mundial. "Não vamos rasgar os contratos, mas vamos negociar em outras bases, com a cabeça erguida e o compromisso com a nação brasileira", observou. Lula afirmou que o seu governo será o governo do diálogo, das grandes reformas que o país precisa e que todos os atores sociais serão convidados a discutir saídas para que o país reafirme sua independência e desenvolva todos os seus potenciais.

alesp