Assembléia repudia guerra em sessão solene


26/03/2003 20:28

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Parlamentares durante a solenidade <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/plateia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

O Parlamento paulista marcou posição contrária à guerra no Iraque e ao desrespeito à legitimidade da Organização das Nações Unidas como foro para a resolução de conflitos, em sessão solene realizada nesta quarta-feira, 26/3, por solicitação do presidente Sidney Beraldo, em conjunto com o Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz.

Participaram da solenidade, presidida pelo deputado Renato Simões (PT), parlamentares de diversos partidos. Em nome de suas bancadas, Nivaldo Santana (PC do B), Pedro Tobias (PSDB,) Ricardo Castilho (PV) e Sebastião Arcanjo (PT) condenaram a guerra, por seu caráter imperialista e de desrespeito à ONU, e apoiaram a posição oficial do Brasil, contrária ao conflito.

Também compareceram ao plenário Juscelino Kubitschek os cônsules gerais da China, da Índia e da Rússia, representantes de entidades civis e governamentais de direitos humanos e membros do Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz.

Instituído pela resolução 829, de 17/12/2002, o Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz tem como objetivo formular diretrizes e sugerir a promoção de atividades que visem as manifestações comunitárias e parlamentares pela paz, bem como tomar medidas efetivas nesse sentido, nos cenários sócio-econômico, político, filosófico, religioso e cultural. A criação do conselho foi motivada pelos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e desde então vem promovendo discussões para a divulgação da cultura de paz. Na Assembléia, já foram realizados dois "diálogos", em 24 de setembro e 26 de novembro do ano passado.

O conselho tem 48 membros: 36 integrantes de entidades da sociedade civil, de tradições religiosas, de ONGS e de entidades governamentais, e 12 deputados, que ainda não foram indicados. "Vamos visitar o presidente Sidney Beraldo e solicitar a indicação dos 12 deputados que deverão compor o conselho", informou Malu Gandra, conselheira pela Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam. Elisabete Santana, também conselheira, explica que o conselho trabalha a partir da concepção de "paz ativa", que pretende despertar o sentimento de paz por meio de ações concretas. Vigília ocorrida neste sábado, no Espaço Gandhi, motivou a confecção de uma faixa pela população, que ficou estendida na galeria do plenário durante a sessão solene. "A faixa foi elaborada com a cores do Manifesto 2000 da Unesco, cujo documento é a base do conselho", conta.

O presidente Sidney Beraldo salientou que o Parlamento paulista não podia deixar passar a oportunidade de manifestar repúdio ao ato autoritário e imperialista promovido pelos Estados Unidos.

alesp