População de Osasco demonstra descontentamento em pesquisa de indicadores



Pela primeira vez nesta série de audiências públicas para o debate do Orçamento estadual 2008, a pesquisa apresentada pela Fundação Getúlio Vargas sobre os indicadores socioeconômicos da região demonstra total descontentamento popular quanto à qualidade de vida. Na reunião organizada pela Comissão de Finanças e Orçamento nesta quinta-feira, 22\11, na Câmara de Osasco, as demandas da população, mediante amostra por sexo e idade, indicam como prioridade a área de saúde e da educação. A avaliação por setor de atuação do governo, segundo dados exibidos pelo técnico João
Batista Assumpção, é péssima em todas as áreas " educação, saúde, cultura, transportes, segurança, infra-estrutura etc. A pesquisa está disponível no portal www.al.sp.gov.br, no link orçamento 2008 " audiências públicas.
Vários representantes de segmentos e autoridades compareceram com o intuito de apresentar sugestões de emendas ao orçamento que contemplem as reivindicações populares para a região.
A audiência, presidida por Vitor Sapienza (PPS), contou com a presença dos deputados Marcos Martins, Mário Reali, Simão Pedro e Enio Tatto, todos do PT, Samuel Moreira e Celso Giglio, ambos do PSDB, Gilmaci Santos (PRB) e Waldir Agnello (PTB).
Para a região
Jorge Lapas, secretário municipal de Governo, indicou a canalização do córrego Manoel Pimentel, o asfaltamento de trecho de 200 metros para o acesso ao bairro paulistano do Jaguaré e a transposição de duas estações de trem " uma no km 18 e outra no Largo de Osasco.
Tinha Ferreira falou em prol dos moradores da Vila dos Remédios pleiteando a viabilização de área verde e unidade de equoterapia para atendimento de portadores de necessidades especiais.
Outras sugestões
Carapicuíba, com mais de 400 mil habitantes, tem apenas 6% do esgoto tratado. Esse problema foi apontado por Tarcisio Lira. Vindo do mesmo município, Carlos Eduardo Ventura representou o Movimento Popular de Moradia e disse que a cidade tem sérios problemas habitacionais. "Não bastando
isso, Carapicuíba é o município mais pobre do Estado e sofre com dificuldades em inúmeros setores." Já Sergio Ribeiro, também de Carapicuíba, reclamou que a cidade não tem pronto-socorro central, cuja instalação contemplaria a região como um todo.
Expandir a prática do orçamento participativo pelo Estado foi o pedido de Michele Rodrigues, do OP de Osasco.
Defensoria e Apampesp
Não é novidade a presença de defensores públicos e de professores aposentados nas audiências públicas. Anaí Rodrigues representou os interesses da Defensoriao Pública " mais investimentos para o setor " e Astrid Grisante, da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público
do Estado de São Paulo defendeu benefícios para a categoria.
Parlamento paulista
Marcos Martins representa a região e ressaltou a necessidade de obras de infra-estrutura para a região, referentes a transportes e meio ambiente, como coleta de lixo e saneamento básico. Também da região, Gilmaci Santos, destacou a importância da formação de um consórcio de municípios para a solução dos problemas de Osasco, Itapevi e demais cidades. Celso Giglio representa Osasco no Parlamento paulista e destacou que a região tem crescimento acelerado e precisa de mais investimentos.
Enio Tatto integra a CFO e criticou a forma como o orçamento é elaborado pelo governo, sobretudo quanto à subestimação de arrecadação. "Quando se erra na receita se erra também na despesa."
Agnello afirmou que nem sempre é possível atender a todas as reivindicações, uma vez que não há recurso suficiente. "Mas isso não prejudica a apresentação de demandas e a participação na audiência", declarou, lamentando a ausência de prefeitos da região no evento.
Reali declarou que governar é uma escolha e é preciso aperfeiçoar e acompanhar o orçamento estadual, atendendo as solicitações da região. "Este é também o momento de fazermos críticas à peça orçamentária."
Encerramento
O bloco final contou com a fala de participantes e de autoridades. Os vereadores Toninho Calunga, Cláudio Piteri, Tião Matos, e o presidente da Câmara de Osasco, Osvaldo Vergínio da Silva, pontuaram os problemas mais graves da região. Destacaram a solicitação de recursos para tratamento de esgoto, recuperação da malha viária e instalação de delegacias.
Josmar Rocha, do Conselho Municipal de Saúde, informou sobre o deficitário atendimento do Sistema Único de Saúde na região. Gisele Esteves disse que é preciso melhores condições para a inclusão de portadores de necessidades especiais nas escolas públicas.
Carlos Pinto, de Itapecerica da Serra, abordou a questão dos mananciais que ocupam 100% do território da cidade. "Isso demanda mais investimentos na área social, por conta da limitação econômica em áreas protegidas." Também indicou a necessidade de criação de um bilhete único metropolitano.
De Itapevi, Décio Soares insistiu no assunto dos mananciais, lembrando que boa parte dessas áreas já foram invadidas. O ex-prefeito Silas Bortolasso reclamou da situação habitacional e citou como exemplo três prédios abandonados na Maria Campos, próximos à marginal do Tietê.
O deputado Simão Pedro disse que a região tem sérias dificuldades, porém cabe destaque para falta de saneamento, de moradias e de bom atendimento de saúde. Pela CFO discursaram os deputados Samuel Moreira e Vitor Sapienza. O relator do orçamento, Moreira, fez um apanhado do que foi apresentado nas audiências anteriores e afirmou que é importante a participação popular. Sapienza fez o encerramento enfatizando que a prática das audiências é de extrema importância para a elaboração do orçamento estadual.
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