Autora da Lei 13.762 que criou o Dia do Islamismo, a deputada Haifa Madi presidiu nesta segunda-feira, 10/5, sessão solene comemorativa à data que será celebrada todos os anos no dia 12 de maio. A deputada abriu a solenidade falando "como brasileira e muçulmana" sobre a necessidade que sentiu de resgatar a verdadeira imagem do povo árabe, por sua contribuição na formação da cultura brasileiro e para diminuir o preconceito que pesa sobre o islamismo, frequentemente associado à violência, "apesar de sua imensa contribuição para o progresso científico, cultural e espiritual da humanidade, que permanece desconhecida da maioria do povo brasileiro", afirmou. Durante o evento, o deputado Said Mourad ocupou a tribuna e reforçou o caráter pacífico dos muçulmanos, explicando que Islã quer dizer paz. A solenidade contou com o apoio da União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI), cujo presidente, Abdul Nasser El Rafei, atribuiu a aprovação da lei "a um reconhecimento do Estado aos conceitos e altos valores do islamismo, como harmonia e amor ao próximo, que a religião prega aos seus adeptos". Falando em nome da mulher muçulmana, Magda Aref Abdul Latif declarou que solenidades como a desta segunda-feira ajudam a diminuir o preconceito. Ela aproveitou para explicar que o uso do véu não é obrigatório: "as mulheres usam em respeito aos costumes do povo, e porque têm fé". Compuseram a mesa o sheik Khaled Tikii el Dine, Ali Mazloun, Ahmad Hamud, Abdul Nasser e Sebastião Almeida (prefeito de Guarulhos), além da presidente da sessão, Haifa Madi.