Deputado ouvirá comissão que questiona programa da CPFL na Vila Gilda


09/08/2005 10:54

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Moradores da vila Gilda reivindicam tarifa mais baixa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Fausto figueira cpfl.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria do deputado Fausto Figueira

O deputado Fausto Figueira (PT) vai ouvir a comissão de moradores do dique da Vila Gilda formada para questionar o valor das contas de luz cobradas pela Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) após a implantação do programa Rede Comunidade. Desde março, o programa oferece regularização elétrica a 193 habitações, a maioria delas em locais de difícil acesso, barracos e palafitas, cercados pelo mangue. O contato entre o parlamentar e a comissão foi feito no sábado. 6/8, durante visita aos caminhos São José e São Sebastião, na Zona Noroeste, em Santos.

Segundo a presidente da comissão, Helena Gonçalves dos Santos, com a instalação dos postes, bases e dos disjuntores individuais, os moradores que antes pagavam taxas sociais de R$ 12,00 em média, passaram a pagar, desde março, tarifas de R$ 57,00 a R$ 177,00. "Ninguém aqui tem condições de pagar essa quantia só de conta de luz. Muitos não têm nem o que comer. Além do mais, o serviço não foi instalado para todo mundo. Muitos pagam apenas R$ 10,00 trimestrais pela luz e moram em casas longe da maré. Esse valor não é justo", refletiu.

Para Figueira é necessário chegar a um acordo que contemple a comunidade, garantindo sua segurança, sem os perigosos rabichos. "Estão acabando com a tarifa social e esse é um motivo para unir o dique. Vou conversar com a comissão e entrar em contato com a CPFL", propôs Figueira.

Durante a caminhada, que durou cerca de três horas, membros da comissão recolheram cerca de 200 assinaturas contra a cobrança considerada abusiva. "Tenho uma geladeira e três pontos de luz, como posso pagar R$ 104,00?", questionou Marcos Antônio Lopes, que mora em um dos vários barracos do dique. A aposentada Maria José de Melo disse que recebe R$ 300,00 e mantém a luz de seu barraco apagada para não pagar energia. "Não temos dentro dos becos nenhuma iluminação externa. Andamos na penumbra", comentou.

No programa Rede Comunidade, a medição é feita por um sistema centralizado, instalado dentro de um comércio do Caminho São José, feito para evitar ligações clandestinas.

A presidente da Sociedade de Melhoramentos da Vila Gilda, Lucinéya Marques de Souza, acredita que neste momento, além de um acordo com a CPFL, a população também deva passar por um processo de conscientização para diminuir o consumo de energia.

fausto@faustofigueira.com.br - www.faustofigueira.com.br

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