Museu da Escultura ao Ar Livre

Roberto Fabiani remete sua mensagem otimista à humanidade fundindo arquitetura e escultura
04/12/2008 11:49

Compartilhar:

Roberto Fabiani ao lado da escultura III Millenium<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2008/MUSEU DE ARTE - FOTO ROBERTO FABIANI.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O sentimento contemporâneo transformou o significado da expressão polarizando-a na identificação que manifesta a emancipação da forma espacial, ou melhor, se enclausurando na imutabilidade da massa e sua condensação expressiva.

As flutuações entre essas duas atitudes podem ser encontradas na trajetória artística de Roberto Fabiani. Ela testemunha do caráter de especulação espiritual em intima correspondência com o sentimento do homem de nosso tempo, que possui novos horizontes no sentido estético.

Entretanto devemos salientar que esse artista seguiu seu trabalho através de etapas diferentes: estilização, esquematização, deformação, elementarismo, reorganização e reconstrução com a forma geométrica, embora não se tenha emprisionado nas teorias estéticas.

Em seu itinerário, Roberto Fabiani experimentou durante sua formação a descoberta de novos mundos objetivos, o aparecimento de relações entre os materiais, as formas, as funções e o simbolismo até alcançar a abstração e as formas geométricas como é caso de suas últimas experiências.

Vivemos, com efeito, depois do século XIX, uma nova idade do ferro. O metal marca a visão do mundo que nos cerca de maneira determinante. Ele domina na arquitetura e na construção civil. Forças estéticas habitam o metal e a arte de Fabiani busca dela se servir.

Quem observa sua obra percebe as orientações que a dominam e que a conduzem à criação do bloco compacto, buscando seus modelos estruturais numa certa síntese de contingências cubistas.

A monumental escultura " III Millenium ", doada pelo autor e pela cidade italiana de Latina ao Museu da Escultura ao Ar Livre, representa sem dúvida a fusão de arquitetura e escultura num só projeto que redunda em perfeita abstração geométrica.

Fabiani faz vibrar as superfícies por intermédio do modelo dinâmico que se funde com o cosmos, onde leveza e vitalidade remetem sua mensagem otimista ao futuro da humanidade.



O artista



Roberto Fabiani nasceu em Borgo Le Ferriere, Latina, Itália, em 1950, onde viveu e veio a falecer em 2006. Pintor, escultor e arquiteto, desde muito jovem dedicou-se ao desenho e às artes. Entre 1964 e 1965 seguiu os cursos de arte com o professor Giovanni di Lucia.

Iniciou sua atividade artística entre 1969 e 1970, ocasião em que realizou suas primeiras exposições individuais. De 1973 a 1977 freqüentou o Atelier de Attilio Freschi, colaborando ainda com o Centro Italiano de Arte e Cultura em Roma. Recebeu inúmeros Prêmios Internacionais, entre eles: CIAC, Roma em (1976 e 1977); Fiuggi (FR) em 1978; Gattopardo d`Oro, Roma em 1979, Irish - Italian Business Association, Dublin.

Preparou exposições individuais em: L'Aquila, Bari, Roma, Frosinone, Latina, Viterbo, Turim, Perugia, Foggia, Grosseto, Livorno, Pádua, Milão, Pescara, Verona, Modena, Luca, Ravena, Cosenza, Crotone, Todi, Anzio, Sabaudia, Spoleto, Formia, Netuno, Marciana e Poggio (Ilha de Elba), Dublin e Cavan Irlanda; Düsseldorf, Alemanha; Melbourne, Geelong e Daylesford, Austrália; Breil sur Roya, França; São Paulo, Brasil; Londres, Inglaterra.

Entre as exposições internacionais: que participou destacam-se: Bienal Oderisi de Gubbio, Academia da România, Roma (1974); Palácio dos Congressos Roma (1982); Alpexpò, Grenoble, França (1984); Festival dos Dois Mundos, Spoleto, Perugia (1995 e 1996); Sarajevo, Iugoslávia, exposição organizada pelo Movimento para a Vida com o Patrocínio da CRI e UNICEF; Feira Internacional de Düsseldorf, Alemanha (1995); XII, XXIII e XIV Bienal Internacional do Bronzetto, Centro Dantesco, Ravena (1997, 1998, 2002 e 2003); Italian State Tourist Board, Londres, Inglaterra; Elm Tree House, Instituto Italiano de Cultura de Melbourne; Club Itália, Geelong; Convent Gallery, Daylesford (Austrália); Espaço Cultural Infraero, Guarulhos, SP, Brasil; XIV Bienal Internacional Dantesca, Claustros Franciscanos, Ravenna; Castelo Piccolomini, Celano (2003); "Além das fronteiras", Mostra Internacional Itália-Brasil, Palazzo Gaetani, Cisterna di Latina (2004).

Suas obras encontram-se em acervos da: Itália, Espanha, Suíça, Iugoslávia, Grécia, Rússia, Uruguai, Quênia, Equador, Trinidad e Tobago, Sudão, Turcomenistão, Bulgária, França, Líbia, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Senegal, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Tailândia, Cidade do Vaticano, Irlanda, Malta, no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e no Museu da Escultura ao Ar Livre, nos jardins do Palácio 9 de Julho.

alesp