A magia das aquarelas de Ricardo Negraes reúne a aspiração de um místico chamamento


15/10/2007 11:47

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Ricardo Negraes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ricardo Negraes corte.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Os endiabrados<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ricardo Negraes obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ricardo Negraes pertence a uma corrente figurativa que não revela um espírito antiquado nem uma atitude acadêmica, mas que tem a perfeita razão de ser atual, não se associando, aliás, combatendo uma certa confusão que hoje se difunde cada vez mais no campo criativo.

A plenitude de suas aquarelas, a sugestiva beleza do conjunto e de suas particularidades, a evidência das massas e dos detalhes, e uma equilibrada distribuição das cores dão, juntamente com a realística visão lírica, uma inusitada aristocracia às formas e ao conteúdo.

Em sua obra se entreve, aqui e acolá, uma presença surreal em certos temas bem como a presença metafísica de certos ambientes e o acostamento cromático forte e imediato.

Suas figuras são extremamente simbólicas, seus vultos exprimem curiosidade marcante e provocação no ambíguo amargo sorriso de uma sátira, no conto silencioso do conflito não concluído entre ilusão e realidade.

Na obra Os endiabrados, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Ricardo Negraes procura conservar nas linhas fundamentais os passos, a corporeidade, a potência expressiva que assume um aspecto mágico e ressoa no íntimo conteúdo a aspiração de um místico chamamento.



O artista

Ricardo Negraes, pseudônimo artístico de Ricardo Almeida Negraes, nasceu em São Paulo em 1957. Desde muito jovem manifestou seu interesse pelas artes plásticas, mas somente a partir de 1994 passou a se dedicar profissionalmente. Artista plástico e designer formou-se pela Faculdade Anhembi-Morumbi, em 1982 em Comunicação Social com habilitação em publicidade e propaganda.

Paralelamente a suas atividades artísticas como pintor, aquarelista e escultor, dedica-se à criação de marcas e logotipos publicitários e a materiais cenográficos para cinema e televisão. É professor de escultura, aquarela e xilogravura no Espaço de Convivência do Fundo Social de Soliedariedade do Estado de São Paulo, na Estação Lapa.

Realizou exposições individuais na estação Santa Cecília do Metrô (1991), Galeria do Centro de Convivência de Campinas; Hotel Casa Casa Grande, Guarujá (1992); Museu de Arte de Joinville, SC (1993). Participou ainda das seguintes mostras coletivas: aquarelas, Galeria da Associação dos Funcionários do Banco do Brasil, SP (1991); Galeria Harebit, SP (1993); aquarelas e óleos, Buffet Eriço, SP; esculturas, Mokiti Okada (1994); esculturas e aquarelas, Primeiro Salão de Artes Plásticas do Jornal das Artes , SP (1995); Décimo Encontro de Artes Plásticas de Atibaia, SP (1995); Quarto Salão de Artes Plásticas e Fotografia de Santo Amaro, SP (1996); 11º Encontro de Artes Plásticas de Atibaia, SP (1996); Casa da Cultura CAOA, SP (2000); esculturas, Galeria Finarte, SP (2001); Clube Monte Líbano, SP (2001).

Recebeu diversos prêmios, entre eles medalha de bronze em escultura pela Fundação Mokiti Okada, Jornal das Artes, SP; prémio aquisição em aquarela no 10º Encontro Artes Plásticas de Atibaia, SP (1995); medalha de ouro em escultura no 4º Salão de Artes Plásticas de Santo Amaro, SP; prémio júri popular em escultura, no 4º Salão de Artes Plásticas de Santo Amaro , SP; medalha de ouro em aquarela, no 4º Salão de Artes Plásticas, SP (1996). Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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