Sem alcançar efeitos surreais ou metafísicos, os elementos da paisagem na pintura de Alessandro Giusberti adquirem um sopro de vida que parece deixado no ambiente por uma presença humana. Artista de forte personalidade, generoso na cor e na harmonia, suas obras revelam a firmeza de uma paleta cromática e uma instalação construtiva que consegue render atmosferas pictóricas com uma exatidão que inclui, ao mesmo tempo, um sentido de autêntica poesia. A paisagem, principalmente a urbana, é para o pintor uma espécie de sentimento, um veículo em si mesmo suficiente a transmitir um estado de espírito. Sua técnica está apta a reproduzir a infinita vida dramática das grandes metrópoles. Alessandro Giusberti utiliza o desenho, a cor e a forma para sua percepção de uma rua, de uma praça, do céu, de antigos palácios ou modernos arranha-céus ou até mesmo de uma catedral, para comunicar as delícias e os mistérios que encontramos no centro de nossa experiência terrena. Com uma sobriedade cada vez maior, o artista sabe criar imagens fortes e poderosas, ao mesmo tempo envolventes. Por outro lado, consegue habilmente transmitir energia e movimento, interligando forças naturais tão próprias de seres humanos sensíveis e criadores. A obra "Alba sul Canal Grande in Venezia" (2009), doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, demonstra perfeitamente a organicidade das composições de Alessandro Giusberti, em que os pontos de luz, perfeitamente individualizados, revelam uma visão que abraça o mundo das experiências, mas a elas sabe acrescentar resultados que revelam descobertas. O artista Alessandro Giusberti nasceu em 1955 em Bolonha, Itália, onde vive e trabalha. Estudou no Liceu Artístico e na Academia de Belas Artes de sua cidade natal. Começou a desenhar e pintar na infância. Passou 20 anos em vários países estudando a pintura do maneirismo europeu e apreciando grandes mestres como Velásquez, Tintoretto, Rubens, Caravaggio e Rembrandt, Francis Bacon e Lucien Freud, sempre com o intuito de chegar a um sentido conceitual. Realizou exposições individuais na Galeria La Colonna, Bologna, Itália (1975); Galerie Marweg, Mannheim, Alemanha (1982); Galleria d"Art Terrasa, Barcelona, Espanha (1989); Gillipin Gallery, Washington, EUA (1993); Circolo Italiano, SP (1996); "500 anos do Brasil", em parceria com o Consulado Italiano, SP (1999); Espaço Cultural Banco Personalité, SP (2000); Nova André Galeria André, SP (2006); (All´incrocio dei sogni), Galleria Forni, Bologna, Itália (2007). E participou da seguintes exposições coletivas: 4ª Bienal Nacional de Pintura Contemporânea, San Leo, Itália (1981); Bienal Internacional de Bari - Itália (1983); Sala Almirall, Barcelona, Espanha (1989); Ron Hall Gallery, Dallas, EUA (1991); Work Shop durante o intercâmbio cultural entre Emília Romagna e o Circolo Italiano, SP (1996); "4 décadas", Nova Galeria André, SP (2001); "Caminhos Vários", Nova Galeria André, SP (2005). Recebeu inúmeros prêmios na Itália, entre eles: Medalha de ouro no II Concurso Internacional de Pintura e Escultura de Modena; Medalha de prata na IV Bienal Nacional de Pintura Comtemporânea de San Leo; Prêmio Nacional de Pintura, Valle di Savena; Medalha de ouro no Concurso Nacional de Pintura Gaggio Montano, e Medalha de prata no Concurso Nacional de Pintura de Monzuno. Possui obras em coleções particulares e oficiais em diversos países especialmente na Itália, Espanha, Estados Unidos, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.