Museu de Arte - William Tode

As litos de William Tode: síntese de conteúdos metafísicos, harmonias cromáticas, ritmos e plasticidade
12/11/2008 12:05

Compartilhar:

 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2008/WILLIAN TODE OBRA 1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> William Tode<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2008/willian tode.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2008/WILLIAN TODE OBRA 2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ao analisar a obra de William Tode, desde o inicio de sua carreira até nossos dias, questiona-se como é possível uma tal continua renovação e criatividade em que pese a distancia do tempo. Talento e inteligência aliados a uma grande disciplina e sensibilidade constituem a fórmula desse artista italiano.

Mestre no desenho, na pintura e na escultura, o artista está no centro da construtividade contemporânea, num equilíbrio de bom gosto que não cede nunca ao fácil e ao decorativo.

Trata-se de um artista cuja nota dominante é a típica de um jovem atormentado pelo desejo da verdade, mas que a busca em si próprio e na realidade que o circunda. Sua inquietação ressoa, sem dúvida, em sua complexa e diversificada produção artística.

Após se libertar da convencionalidade acadêmica e tendo amadurecido através de uma experiência informal que não renega e que mantém em suas litogravuras, William Tode utiliza essa técnica que lhe consente equilibrar plasticidade e ritmos, síntese de conteúdos metafísicos e harmonias cromáticas.

Passando do neo-realismo ao neo-romântico, estético e psicológico de Giulio Argan, ao cubofuturista e iniciando contemporaneamente pesquisas sobre analogias entre música e cor, o artista entra num ciclo de Tristão, envolvido pelas temáticas wagnerianas.

Através de movimentos desinibidos, suas figuras se dissolvem, especialmente nas três obras da série "Tema e variações sobre Tristão e Isolda", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo. São imagens que não são estáticas ou achatadas, mas parecem se mover quase a exaltar o gesto humano num rito de amor e aconchego ou até mesmo de uma dança envolvente.

O Artista

William Tode, pseudônimo artístico de William Todeschi, nasceu em Gonzaga, Província de Mantova, Itália em 1938. Desde a mais tenra idade revela seus dotes artísticos. A partir dos 06 anos passou a estudar desenho pintura e escultura com o professor Edoardo Néri e mais tarde com sua filha Íris na Escola Arte e Trabalho, onde foi matriculado fora da quota em virtude de sua pouca idade.

Aos 14 anos freqüenta a Escola de Belas Artes de Modena, sobre a orientação de Luigi Spazzapan, um dos maiores expressionistas abstratos italianos. Ao descobrir os impressionistas franceses, encanta-se com as cores e as formas das obras de Cezanne, Gauguin e Van Gogh.

A partir de 1954, transfere-se com a família para Roma, onde termina seus estudos na Escola de Belas Artes freqüentando os cursos de afrescos dirigidos por Alberto Ziveri. A seguir preparou uma tese de historia da arte sobre Michelangelo arquiteto.

Após conquistar o diploma em pintura mural em Roma, parte para França instalando-se em Paris, onde conhece Jean March, com quem freqüenta a estamparia de arte "Le Mercie Charbonel, onde experimenta todo tipo de técnica gráfica ao lado de Georges Braque e Gino Severini.

Em 1956 conhece Picasso, Jean Paul Sartre, Bernard Buffet e Roger Vadim, que o convida a entrar no cinema como ator e cenógrafo. Sua participação na 7ª arte tem o seu ponto máximo no filme dedicado a Michelangelo onde realiza em tamanho natural todos os afrescos da Capela Sistina num ano e meio de trabalho.

Pintor, escultor, gráfico, mosaicista, ceramista, crítico de arte, músico e compositor, cenógrafo, ator de cinema e teatro, na sua intensa atividade soube sempre renovar a sua arte.

alesp