Opinião - Bullying: a brincadeira que fere
A infância e a adolescência são fases essenciais e que precisam ser respeitadas, esse período de transição e formação direciona os passos do indivíduo adulto. A palavra adolescência tem origem no latim "adolescere" e significa "fazer-se homem/mulher", essa fase é caracterizada pelas transformações físicas e psicológicas, que dão origem a certos comportamentos. E é exatamente por este motivo que apresentei, em novembro de 2009, o Projeto de lei 1239.
O PL institui o Programa de combate ao "bullying" nas escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo. O bullying é definido como um ato de agressão intencional e repetida por meio de violência física e psicológica, de forma cruel e intimidadora. Isso pode ocasionar desequilíbrio emocional na criança ou no adolescente. O aluno sofre com gozações, insultos, apelidos constrangedores que levam a vítima à exclusão social. Essas atitudes agressivas, que geralmente ocorrem de maneira intencional e repetitiva, causam angústia e dor. O bullying é considerado a violência da modernidade. Na maioria dos casos, age de forma silenciosa, e por esse motivo os pais nem sempre percebem, isso pode influenciar diretamente na estima dessa criança.
Estudos feitos pela pedagoga Cleodelice Aparecida Zonato Fante, com 2 mil estudantes de 5ª a 8ª séries do Brasil, mostram que, entre 2000 e 2003, 49% dos alunos estavam envolvidos com o bullying: 22% eram vítimas, 15% eram agressores e 12% eram vítimas agressoras. A vítima geralmente tem algum traço destoante do modelo imposto pelo grupo e por isso torna-se hostilizada em público, o que para alguns colegas é algo completamente normal.
Imagine-se vivendo em um ambiente de gozações, violência e falta de respeito. Se até mesmo para nós adultos é muito difícil suportar de forma passiva esse tipo de situação, imagine para uma criança ou jovem, que muitas vezes nem sabe se defender. Para essas pessoas o simples hábito de ir a escola pode tornar-se um martírio, deixando traumas por toda a vida. É fundamental que tanto a família quanto a escola assumam a responsabilidade de formar e informar os jovens para que esses não se tornem o indivíduo agressor, mas sejam maduros a ponto de respeitar seu colega de sala.
É importante que as escolas e os profissionais estejam preparados para receber os alunos que sofrem com o bullying. As instituições também devem intervir sempre que necessário, e o agressor precisa ser punido. Além disso, o espectador, que é aquele que presencia as situações e não interfere, não pode omitir esse fato. Os pais também exercem uma função fundamental, devem ficar atentos às reações e comportamentos de seus filhos. Para alguns as gozações podem ser saudáveis, mas para esses jovens, essa espécie de agressão pode mudar drasticamente as suas vidas.
*Gilmaci Santos é deputado pelo PRB e presidente estadual do partido. Também participa das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Economia e Planejamento.
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