Deise Mazziotti transforma a matéria em formas mais realistas que as abstrações puras

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
09/06/2006 16:02

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Silhueta (verso)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Silhueta- Verso.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deise Mazziotti<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DEISE- FOTO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Silhueta (frente)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Silhueta frente.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As variantes da abstração na escultura produziram um caráter mais concreto ao domínio das experiências abstratas. A pedra, a madeira, o bronze, o alumínio e mais recentemente o aço laminado exerceram uma forte influência sob a abstração e provocaram o aparecimento de um número sempre crescente de experiências sensoriais e psíquicas.

Esses ensaios, como afirma com grande propriedade o crítico A. M. Hammacher, indo ao encontro da mentalidade abstrata, se tornaram uma fonte de conflito que teve os mais diversos resultados. Em alguns casos, o artista se perdeu uma vez mais no "objeto pouco convincente" e na figura.

Deise Mazziotti consegue transformar a matéria em formas mais realistas que as abstrações puras e, ao mesmo tempo, mais submetidas ao mundo psíquico do escultor.

Em realidade as formas rígidas dessa escultora, quando lidas no contexto histórico da primeira metade do século XX, não são abstratas. Elas possuem sim um significado repleto de simbolismo, uma presença indefinida que transmite um silêncio envolvente que delas emana, um silêncio do espírito proveniente de uma grande concentração.

Na obra Silhueta, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, graças ao seu poder de síntese, Deise Mazziotti expressa e produz uma integração de sua obra com o espaço invisível mas mensurável, dependendo do ângulo do observador.



A artista



Deise Mazziotti nasceu no Rio de Janeiro, em 1943. Desde muito cedo dedicou-se às artes plásticas. Realizou cursos de escultura em concreto com o professor César Branquinho (RJ) (1990); em mármore, com o professor Natanael Loureiro (RJ) (1992); e, de escultura em geral, com os professores Getúlio Starlin e Jaime Sampaio, (RJ) (1993).

Freqüentou ainda curso de desenho na Escola de Artes Visuais do Parque Laje (RJ) (1994); desenho e pintura, com o professor Luiz Badia (RJ) (1995); pátina italiana, no Museu do Açude (RJ) (1996); e, pintura, no Atelier Daniel de Souza, Rio de Janeiro (2002).

Participou de várias exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: III Coletiva de Artes Plásticas, Special Art Gallery (RJ); I Salão de Julho, Hotel Horsa Nacional (RJ); II Salão Oficial de Artes Plásticas, Palácio Gustavo Capanema (RJ); IV Coletiva de Artes Plásticas, Special Art Gallery (RJ); Clube Monte Líbano (RJ); I Salão de Confraternização de Artistas Plásticos (RJ) (1992); VII Salão de Artes Plásticas, Secretaria Social da Prefeitura do Rio de Janeiro; Clube dos Decoradores (RJ); Clube da Aeronáutica (RJ); XXIX Salão Feminino, Sociedade Brasileira de Belas Artes (RJ); III Salão da Primavera, Colégio Militar (RJ) (1993); VIII Salão de Artes Plásticas, Prefeitura do Rio de Janeiro; Espaço Cultural da Aliança Francesa (RJ) (1994); International Collective Art Expo, New York; Expression of Art 2nd Night Award The Art Club 100, Soro (NY); I Salão de Inverno, Memorial Getúlio Vargas (RJ); III Encontro de Artistas Plásticos Messiânicos, Fundação Mokiti Okada, São Paulo; Rio Cult, Feira de Cultura e Negócios da América Latina (RJ) (1995); Batik Internacional Art Expo, Galerie Hérouet, Paris, Marais; The Art Club Gallery, New York; International Collective Art Expo, New York (1996); International Collective Art Expo, New York (2000); International Collective Art Expo, New York; Casa de Cultura Estácio da Sá (RJ) (2001); "Conexões", Galeria Portinari, Ritz Plaza Hotel, Juiz de Fora (2004); "Simbiose", Galeria Bric a Brac, São Paulo (2005).

Possui obras em diversas coleções particulares e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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