O clássico e o contemporâneo coabitam sem choques na escultura de Bete Martins

Acervo Artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
26/10/2004 14:00

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Escultura em bronze Enamorados<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/enamorados04.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Bete Martins<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/bete martins.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Escultura em bronze Enamorados<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/enamorados03.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A escultura de Bete Martins revela uma natureza particular para a forma plástica e não se deixa transportar por caprichos; ao contrário, controla com absoluto rigor as possibilidades expressivas. Ela vê na articulação dos planos e nos volumes um problema sobretudo construtivo, uma ordem que cresce pelo somatório de elemento a elemento sobre uma base de estrutura harmônica.

Com seriedade, longe de fáceis sugestões e, portanto, com constante vigilância sobre o equilíbrio entre técnica, forma e matéria, a artista consegue apresentar uma obra cuidada, estilisticamente concisa e priva de retórica.

Exprimindo-se por meio de formas estilizadas, aproximando instâncias figurativas a uma abstrata organização de formas em sintéticos e dinâmicos resultados visuais, a artista cria figuras humanas longilíneas, executadas com sintética naturalidade.

Clássica e moderna ao mesmo tempo, sua mensagem cultural fermenta e revive numa intuição atual da vida e do ser humano, em que exprime, além da imagem, a ansiedade e a inquietação interior. Em razão de um esforço íntimo para alcançar um "gosto expressivo" e pessoal, o clássico e o contemporâneo conseguem coabitar em sua obra sem choques possíveis.

Na escultura em bronze Enamorados, doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, Bete Martins expressa com espontaneidade, pela modelagem, uma série de sentimentos, além de seus sonhos de paz, amor e carinho.

A artista

Ceramista e escultora, Bete Martins - pseudônimo artístico de Elisabete Ferreira Dias Martins - nasceu em São Paulo, em 1950. Fez seu primeiro aprendizado em cerâmica com o mestre Lelé, em 1990. Realizou cursos na North Carolina State University, em Raleigh, Estados Unidos, e no Museu Brasileiro da Escultura (Mube), de São Paulo, com os professores Carlos Arias Juliana e Ângela Bassan.

Entre coletivas e individuais, participou das seguintes exposições: XII, XIII, XIV, XV e XVI Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, MG (1997, 1998, 1999, 2000 e 2001); III Concurso de Arte Livre Maison Saint Germain; II Salão de Terracota, Vidro e Porcelana de Santo Amaro (1997); "Arte Cerâmica", Ateliê Mestre Lelé, SP (1999); I Gesto de Arte, Casa da Fazenda, SP (2000); IV, V, VI, VIII e IX Salão Interclubes de Artes Plásticas, E. C. Pinheiros e Acesc, SP (2000, 2001, 2003 e 2004); "Arte Natureza", Espaço Cultural E. C. Pinheiros, SP (2000 e 2003); "Christmas Care", Shopping D&D, SP (2000); XV, XVI, XVII e XVIII Mostra de Arte da Granja Viana, SP (2001, 2002, 2003 e 2004); "Arte em Craft Brasil-Japão", SP (2003).

Recebeu diversos prêmios, destacando-se, entre eles: pequena medalha de ouro nos Salões de Artes Plásticas de Arceburgo (1997, 1999 e 2000) e menção especial do júri (1998) e participação especial (2000); honra ao mérito e menção honrosa no II Salão de Terracota, Vidro e Porcelana de Santo Amaro (1997).

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