O delegado Silvio Terra, da Polícia Técnica, foi nomeado pelo chefe de polícia, coronel Paulo Torres, como novo encarregado do inquérito policial, em substituição ao delegado Jorge Pastor, que o presidia desde o atentado do dia 5 de agosto. Pastor, desde o início, foi acusado pela oposição de não agir com empenho na elucidação do crime, deixando praticamente paralisado o inquérito policial no 2º D.P. Terra, que realizaria seu trabalho paralelamente ao IPM da Aeronáutica, afirmou: "Agirei com inteira liberdade, recebi nesse sentido instruções expressas do sr. chefe de polícia." Outra substituição feita na polícia, foi a nomeação do coronel Álvaro dos Santos para delegado da Ordem Política e Social, em substituição ao delegado Brandão Filho.Com a prisão de Alcino, intensificaram-se as buscas aos demais envolvidos, surgindo numerosas pistas. Foram mobilizados mais de 100 oficiais da aeronáutica para a captura de Soares e Climério, em Belfort Roxo e em Caxias, Estado do Rio, e em Bragança Paulista. Desde a madrugada do crime na rua Tonelero, já haviam sido realizadas nada menos que 140 missões de diligências na tentativa de prender os criminosos.À tarde, foi realizada uma grande assembléia no Clube Militar com a presença de quase dois mil sócios. Antes do início dos debates, o presidente da entidade, general Canrobert Pereira da Costa, pediu um minuto de silêncio, em memória do major Rubens Vaz. A seguir, vários oradores usaram da palavra, mas o capitão de corveta Julio de Sá Bierrenbach, em seu discurso, deflagrou intensa reação entre os presentes, quando afirmou que o vice-presidente Café Filho também havia sido eleito pelo povo. Em seguida, foi apresentada e aclamada uma moção exigindo a renúncia do presidente da República. Os generais Canrobert e Juarez Távora, vice-presidente do clube, apelaram para que os oficiais não se precipitassem, justificando que haviam assumido compromissos perante outros generais e não podiam consentir que a palavra empenhada não fosse respeitada. Ao final, foi aprovada uma moção conciliatória.A chamado do presidente Vargas, regressou de Belo Horizonte o líder do governo na Câmara dos Deputados, Gustavo Capanema, que foi ao Palácio do Catete para conferenciar sobre os acontecimentos envolvendo o crime da Tonelero. Ouvido pela imprensa, Capanema disse:."Acho que ele não pode renunciar, pois isso seria reconhecer o procedimento das acusações contra sua pessoa, num crime do qual não tem a mais leve responsabilidade. Ele tem o dever de defender o seu mandato, a sua autoridade, a sua pessoa e o seu nome". De lá, foi à residência do marechal Dutra para saber a posição exata do ex-presidente sobre todo o problema vivido pela nação após 5 de agosto e sobre o impasse político envolvendo o seu sucessor.