Em ato público realizado na quinta-feira, 25/2, no Auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) dirigiu os trabalhos que permitiram aos moradores do perímetro da Operação Urbana Água Espraiada discutirem e se atualizarem sobre o que está sendo feito para garantir a moradia dos que serão atingidos pelas desapropriações. Segundo Mariana Fix, uma das convidadas a compor a mesa coordenadora do evento, a Operação Água Espraiada conseguiu recursos, junto à população, vendendo autorizações para construção acima do permitido pela lei, os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). "Esses recursos seriam principalmente para a construção de moradias dentro do perímetro da operação, mas a prefeitura deslocou os antigos moradores da região da Berrini para as margens da represa Billings, contrariando o que estava no projeto e impactando ainda mais a poluição do principal reservatório de água da capital", declarou Mariana. Moradores do Jardim Edite (região da Berrini) contaram suas experiências para os que moram na região do Jabaquara, alertando-os sobre as promessas e as técnicas usadas pela prefeitura, segundo eles, para forçar os moradores a abandonarem suas moradias. Também falaram durante o evento a representante da Secretaria da Habitação Sueli Passos e o membro da Defensoria Pública Carlos Loureiro.