Parque da Cantareira oferece quatro núcleos de visitação






Cantareira foi o nome dado à serra pelos tropeiros devido à grande quantidade de nascentes e córregos encontrados na região. Na época, era costume armazenar água em cântaros, um tipo de jarro de barro, e as prateleiras onde os cântaros eram guardados chamavam-se cantareiras.
O Parque Estadual da Cantareira foi criado por meio do Decreto 41.626/1963 e grande parte da região era constituída por fazendas, cuja desapropriação teve um papel importante no abastecimento de água do Estado por ser uma área de inúmeras nascentes e diversos cursos de água. A maior porção do parque constitui um importante remanescente da Mata Atlântica, que foi classificado como uma das maiores florestas urbanas nativas do mundo e, em 1994, a Unesco a declarou parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde (RBCV) da cidade paulista, que fornece serviços ambientais à sociedade, tais como alimentos, controle de erosão, estabilização climática, sequestro de CO2, lazer, entre outros, a fim de assegurar o bem-estar da população que reside nas proximidades.
Localizado ao lado do Horto Florestal, o parque está localizado na zona norte da capital, abrangendo também os municípios de Mairiporã, Guarulhos e Caieiras. Possui mais de 7.900 hectares e assegura a proteção de seus mananciais, além de abrigar espécies animais e vegetais em processo de extinção, como o bugio, a jaguatirica, o macuco, o jacuguaçu, o bacurau-tesoura-grande, a imbuia, a canela-preta e a canela-sassafrás.
Também faz parte da fauna presente no Parque da Cantareira veado-mateiro, quati, bicho-preguiça, jararaca e coral, além da diversificada flora com inúmeras espécies de árvores como jacarandá-paulista, embaúba, palmeira, jequitibá-branco, pata-de-vaca, figueira, samambaia-açu (espécie ameaçada devido à exploração desenfreada), entre outras. Já foi registrada no parque a presença da suçuarana, a onça-parda.
Mountain bike em trilha específica e caminhadas ecológicas nas diversas trilhas, com percursos de várias dificuldades, são algumas das opções de lazer. O parque também oferece trilha para veículos, um pequeno playground e não permite que os visitantes nadem nas represas e lagos. Não há lanchonete no parque, mas alguns núcleos oferecem bosque para piqueniques. Há o Circuito Integrado de Educação Ambiental, voltado principalmente para quem tem limitações físicas que impeçam o visitante de participar das trilhas, mas que permite a participação de pessoas sem estas limitações quando há vagas. O circuito é feito por uma van que percorre o Horto Florestal e o Parque da Cantareira.
Núcleos de visitação
O parque possui quatro núcleos: o Cabuçu; o Pedra Grande; o Engordador; e o Águas Claras, inaugurado recentemente. Uma das principais atrações, a trilha da Pedra Grande, fica no núcleo Pedra Grande e, por isso, é o núcleo mais procurado pelos visitantes. Do topo da pedra, é possível apreciar a bela vista da cidade paulista, mas, para isso, o visitante precisa enfrentar mais de nove quilômetros de trilha com percurso íngreme. Esta trilha também dá acesso ao lago das Carpas e fica próxima a um pequeno museu com animais empalhados, rochas em exposição e uma maquete do parque. O núcleo Pedra Grande, o primeiro aberto ao público, foi inaugurado em 1989 e possui mais duas trilhas, a das Figueiras (2 mil metros), repleta de grandes figueiras que deram o nome à trilha; e a da Bica (1,5 mil metros), que leva a uma fonte frequentada por pássaros e quatis.
O núcleo Engordador leva esse nome devido a uma fazenda de engorda de gado que existia na região. Para a recreação, além das três trilhas ecológicas, há uma brinquedoteca e uma área para piquenique. A trilha do Macuco, com 700 metros de percurso leve, passa por entre os canos que faziam parte do antigo sistema de abastecimento de água; a da Cachoeira, com 6,5 mil metros, cruza o rio Engordador, passa por três cachoeiras e chega ao antigo tanque de captação de água da Sabesp; e a de Mountain Bike, com 1,4 mil metros, tem área para piquenique, ducha para banho, pode-se visitar a histórica Casa da Bomba, de 1894, e só pode ser usada por ciclistas.
Aberto ao público em 2000 por meio de uma parceria entre o Instituto Florestal e a Congregação das Associações da Serra da Cantareira (Casc), o núcleo Águas Claras possui quatro trilhas para caminhada e uma trilha bem longa, a do Pinheirinho, que é utilizada por veículos. Seu nome deriva de uma microbacia formada pelo Ribeirão Águas Claras em que o núcleo está inserido e esse núcleo, voltado principalmente para a educação ambiental, desenvolve trabalhos com a comunidade tendo como enfoque a preservação dos mananciais.
A trilha da Suçuarana é a principal trilha do núcleo Águas Claras e tem ligação com a Pedra Grande e com o Lago das Carpas. Com 1,2 mil metros de extensão, esta trilha é ladeada por árvores de até 30 metros de altura e recebeu esse nome porque foram encontrados rastros da suçuarana, também conhecida como onça-parda ou puma. Essa é a alternativa menos cansativa para chegar à Pedra Grande.
O núcleo Cabuçu foi inaugurado em 2008 e tem uma árvore muito encontrada na região, a Miconia cabussu, daí o nome deste núcleo. São árvores com folhas grandes, flores brancas e que podem atingir até 12 metros de altura. Esse núcleo é resultado de uma importante parceria entre o Instituto Florestal, o Serviço Autônomo de Abastecimento de Guarulhos e a Secretaria do Meio Ambiente do Município de Guarulhos, e conta com um anfiteatro, áreas de piquenique, playground e trilhas ecológicas.
Em 1904, foi construída a barragem, conhecida como represa do Cabuçu, que funcionou por mais de 60 anos e foi desativada quando entrou em operação o atual sistema Cantareira. Em 1999, foram iniciados os estudos para reativação do uso da barragem, mas com a finalidade de contribuir com o abastecimento de parte do município de Guarulhos, que teve aumento significativo no número de habitantes. No entanto, como a área foi decretada propriedade do parque em 1963, há a necessidade de desenvolver diversas ações para que seja possível essa reativação.
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