Walter Shinji: crença no sentido da vida e na beleza interior do ser humano

Emanuel von Lauenstein Massarani
03/02/2004 14:03

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Obra Sou mestiço, sou brasileiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Walter Shinji Sou Brasil.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Walter Shinji<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Walter Shinji.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Walter Shinji deve crer sinceramente no sentido da vida, pois canta em seus quadros a beleza interior e exterior do ser humano. O amor e a fé expressos em seu trabalho dão às suas obras a revelação de harmonias que exaltam a alma elevando-a além do muro da esperança.

Uma luz misteriosa se faz presente em suas obras. Ele ilumina o percurso de sua vocação de ser sempre presente e fiel a si mesmo: trata-se de uma linearidade exemplar que nos convida a permanecer longe dos chamamentos alienantes ou de explosões contestatórias de violência.

O jovem artista cumpre assim sua obra social nos investindo e nos rendendo participantes do seu sentimento de bondade que nos resgata da triste condição de parâmetros vazios de alma e nos transporta à nossa natureza de criaturas pensantes e de sentimentos.

Em "Sou mestiço, sou brasileiro", obra oferecida ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, o espectador encontra através de sua própria sensibilidade um forte estado de alma e uma situação profundamente evocativa de nossa miscigenação peculiar. Num certo sentido, essa evocação se identifica com o estado de alma do próprio artista que soube exprimir sobre a tela suas íntimas sensações, com gesto decisivo, rápido e de tons acesos e fortes, usando a difícil técnica do pastel seco.



O Artista

Walter Shinji Nakashima nasceu em 1973, em São Paulo, onde realizou seus estudos de primeiro e segundo grau. Após concluir este último, foi para o Japão como Dekassegui, onde permaneceu por nove anos, como soldador numa empresa local.

Durante sua permanência no Japão, passou a se interessar pelas artes plásticas visitando museus e ateliers em varias províncias. Em 1997 e 1998 participou, na província de Chiba, de concursos de desenhos animados, chamados no Japão de manga. Recebeu na ocasião medalha de bronze.

No ano de 2000 regressou ao Brasil, onde decidiu dedicar-se com mais afinco à pintura e, de modo de especial, ao pastel seco. A partir de 2002 começou a estudar desenho e pintura sistematicamente com Mauricio Takiguthi, diversas vezes premiado pintor no Salão Paulista de Belas Artes.

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