Um elo entre o mundo e a individualidade: o abstracionismo estruturado de Lizeth Luz

Acervo Artístico
17/08/2005 15:27

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Lizeth Luz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/LIZETHLUZ.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clique para ver a imagem " alt="Obra "Quante", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho Clique para ver a imagem ">

Os choques provocados pelo desenvolvimento da arquitetura moderna acompanharam uma transformação radical nas artes por volta dos anos 50, do século passado, quando a difusão do abstracionismo teve a sua explosão. Se para alguns artistas da época a abstração situava-se além da figuração, para as gerações que se seguiram, ela será em oposição à figuração.

Se Paul Klee e Robert Delaunay foram os grandes precursores da abstração, os artistas americanos Jackson Pollock e Mark Tobey foram os primeiros a se dedicar, no após guerra, com maior ênfase, à abstração construída e informal. Enquanto em suas obras encontramos uma expressão da predominância emotiva e decorativa, na obra de Lizeth Luz podemos observar uma expressão fundamentalmente raciocinada e estruturada.

Sua motivação principal é levar o "espectador" para dentro da obra, onde a emoção é traduzida pela caligrafia, pelo toque personalizado e repleto do gesto da artista. Lizeth Luz nos faz descobrir o sentimento de uma arte que aparece como uma passagem, como um elo entre o mundo e a individualidade momentânea da artista.

Dentro de uma nova concepção do espaço pictural, se nos apresenta muito bem elaborada, as cores que vibram sobre a superfície tanto repelem como atraem o olhar do espectador. Assim são sugeridas, sem nenhuma preocupação com relação à perspectiva, massas que avançam e massas que recuam.

O que nos fascina em sua obra é a luz e sua ambigüidade, o espaço e a sua estrutura, o quadro como fonte ativa de luz, a vibração do trabalho sobre a "visão", o quadro como recorte de um espaço universal e, finalmente, o quadro como um espaço mental.

O seu método claro e rigoroso de planejamento é evidente na obra "Quante", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, e encontra, também, na luz a motivação dominante: luz que se transforma em cor, modulando o espaço através de linhas sutis que, por sua vez, transformam a pintura em situação envolvente.

A Artista

Lizeth Luz nasceu em São Paulo em 1965. Cursou o colegial técnico de desenho de comunicação no IADÊ e formou-se no curso de desenho industrial pela FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado. Possui uma linguagem própria através do uso da tinta acrílica.

Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais, ressaltando-se: Salão Marte V. M. - São Paulo (1996); Galeria Portal - São Paulo (1997); Clube Alto dos Pinheiros - São Paulo (1998); Difusão Arte Design - São Paulo (1999); Frans Café Pinheiros - São Paulo (2000); Galeria Arte e Estilo Itapetininga - São Paulo; Casa da Fazenda - São Paulo (2001); Fundec - Sorocaba; Galeria Judith Dapra - São Paulo (2002).

Suas obras fazem parte de importantes acervos particulares e oficiais, como na: Millenium Art Gallery - São Paulo; Galeria Judith Daprá - São Paulo; Jo Slaviero e Guedes Galeria de Arte - São Paulo; Galeria Val de Almeida Júnior - São Paulo; Por Exemplo Escritório de Arte - São Paulo e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

Foi selecionada para o Anuário "Arte & Artistas", anos 2000 e 2001, editado pela Fundação Maimeri e a Casa do Restaurador.

alesp